Acre
Acusados de matar adolescente e enterrar corpo às margens de rio começam a ser julgados no interior do Acre
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Quase dois anos após a morte de João Vitor de Oliveira da Silva, de 13 anos, a Justiça começou a julgar, nesta terça-feira (3), os acusados do crime que ocorreu em agosto de 2016 em Sena Madureira. O menino foi encontrado sem um dos braços e enterrado ás margens do Rio Iaco. Os acusados devem responder por homicídio qualificado.
Em julho do ano passado, a justiça decidiu que os réus deviam ir a júri popular, que inicia a partir das 9h desta terça, no Fórum Desembargador Vieira Ferreira.
Segundo a Vara Criminal, o processo teve que ser dividido em três partes. Os três acusados que estão sendo julgados são: João Batista Arévila Lira, Gerlian Lima Rocha e Wendson Mendonça da Silva Areal. Dez pessoas devem ser ouvidas nesse primeiro momento, de acordo com a Justiça.
Os outros seis réus também devem ser julgados nos próximos dois dias. Ainda faltam ser julgados: Altevir Lopes da Silva, Djair Nogueira Cidrão, Evilano Mota da Silva, Jerfesson Lino de Lima, Marcos Nascimento da Silva e Jones Ferreira da Silva.
O G1 tentou falar com a família da vítima, mas não conseguiu até a publicação desta reportagem.
Crime
O corpo de João Vitor foi achado no dia 7 de agosto de 2016 após quase três dias desaparecido. Quando foi achado pelos bombeiros, o corpo já estava em decomposição, sem um dos braços, enterrado e com as pernas fora da areia.
Na época do crime, a mãe do garoto, a autônoma Sebastiana Oliveira, de 33 anos, contou que o menino havia desaparecido após um rapaz tê-lo chamado para ir até a praça que ficava próximo de casa, no bairro Bosque, em Sena Madureira.
Prisão
Em outubro de 2016, a polícia prendeu os oito dos nove envolvidos na morte do adolescente. João Batista Lira confessou o crime e teria informado que a motivação foi disputa por ponto de droga.
Lira, segundo apontou as investigações conduzidas pelo delegado Rêmulo Diniz na época, foi responsável por atrair a vítima ao local onde foi morta. Altevir Lopes, Wendson da Silva Areal, Djair Cidrão, Marcos Nascimento da Silva, Jones da Silva, Evilano Mota e Gerlian Rocha teriam executado a vítima.
“O rapaz chamou a vítima sob a argumentação de que fariam um assalto. Mas, na verdade, apenas entregou para os oito [criminosos], que estavam em uma embarcação no porto. Após fazer um julgamento do crime, executaram com arma de fogo e com golpes de faca. A polícia não acreditou na versão apresentada pelo João Batista. Ele não tem o perfil de executor”, detalhou o delegado na época.