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Acusações infundadas no Iêmen indicam intensa perseguição


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SANA’A, Iêmen – No último sábado, durante uma audiência, autoridades iemenitas houthis, apoiadas pelo Irã, atacaram cerca de 20 bahá’ís com uma série de acusações infundadas. Essa ação ocorre em um momento em que o líder houthi incitou a população iemenita à violência contra os bahá’ís e outras minorias religiosas.

Essas acusações absurdas – as quais incluem espionagem e apostasia – foram, inicialmente, direcionadas contra membros das instituições administrativas bahá’ís, mas se estenderam a outros membros da comunidade, incluindo uma jovem menor de idade.

A audiência de sábado começou com apenas o juiz, o promotor e outros oficiais do tribunal presentes; nem os bahá’ís acusados ou seus advogados foram informados sobre a acusação. A próxima audiência está agendada para o dia 29 de setembro em Sana’a, para a qual o juiz convocou aqueles que estavam ausentes na primeira sessão.

“Essas acusações são extremamente alarmantes e marcam uma severa intensificação de pressão, em um momento que a comunidade bahá’í já está sendo ameaçada e a crise geral humanitária no país requer atenção urgente”, comenta Bani Dugal, Representante Principal da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas.

“Temos todos os motivos para nos preocupar com a segurança da comunidade bahá’í no Iêmen. Instamos a comunidade internacional a clamarem às autoridades em Sana’a para que parem com essas acusações absurdas, falsas e infundadas contra estes indivíduos inocentes que têm sido maliciosamente acusados simplesmente por praticarem sua Fé”.

As acusações por motivação religiosa, das autoridades houthis na capital do Iêmen, Sana’a, na audiência de sábado, ocorrem em meio a um esforço sistemático para oprimir os bahá´is iemenitas, inclusive por meio de discursos de ódio, prisões e sentença de morte.

“A maneira em que os houthis estão atacando a comunidade bahá’í no Iêmen, é assustadoramente reminiscente da perseguição aos bahá’ís no Irã, nos anos 80, durante a qual os líderes da comunidade bahá’í foram presos e mortos”, adicionou a Sra. Dugal.

Em um discurso televisionado em março, Abdel-Malek al-Houthi, líder dos houthis, aviltou e denunciou a Fé Bahá’í. Ele incitou o povo iemenita à violência, instando-os a defender seu país dos bahá’ís e membros de outras minorias religiosas.

Poucos dias depois de seu discurso, vários sites de notícias do Iêmen reiteraram esses ataques, e um proeminente escritor e estrategista houthi comentou na mídia social que “nós mataremos cruelmente todos os bahá’ís”. Sentimentos semelhantes foram expressos por autoridades religiosas em Sana’a, incluindo o Mufti do Iêmen, Shams al-Din Muhammad Sharaf al-Din, que foi educado no Irã e nomeado pelos houthi ano passado.

Atualmente, seis bahá’ís estão presos por sua crença. Entre eles, Hamed bin Haydara, detido desde 2013, sentenciado em janeiro à execução pública por sua fé, após um longo e injusto julgamento.  Adbu Ismail Hassan Rajeh, o mesmo juiz que presidiu o caso burlesco do Sr. Haydara, está supervisionando o julgamento dos bahá’ís recém acusados.

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