Alimentação
Açúcar ou adoçante: entenda os tipos e diferenças
Compartilhe:
“Açúcar ou adoçante?” Quem nunca ouviu essa pergunta quando pediu um cafezinho, chá ou suco, não é mesmo? Mas será que todos sabem quais são as diferenças entre essas duas opções? Qual é o menos prejudicial? Qual adoça mais? Algum deles ajuda no emagrecimento? Neste post, falamos mais sobre o assunto. Siga na leitura!
Açúcar X Adoçante
A primeira grande diferença entre o açúcar e o adoçante está na origem de cada um dos produtos. Enquanto o açúcar é natural e, em geral, extraído da cana-de-açúcar, a maioria dos adoçantes é artificial, desenvolvidos industrialmente a partir de diferentes possibilidades de matérias-primas.
Outra diferença extremamente importante, que acaba sendo o principal motivo das pessoas na hora de escolher um dos dois, são as calorias. Enquanto cada grama de açúcar possui quatro quilocalorias, o adoçante, justamente por ser produzido artificialmente, apresenta um valor bem reduzido.
No entanto, essas são diferenças bastante generalizadas entre os dois produtos, já que os açúcares e adoçantes são oferecidos no mercado em tipos variados e cada um deles tem suas próprias características, vantagens e desvantagens.
Na hora de escolher entre açúcar ou adoçante, é melhor conhecer um pouco melhor sobre os tipos disponíveis!
Tipos de adoçante
Os adoçantes surgiram como alternativa aos açúcares, por serem menos calóricos. No entanto, por serem mais doces, podem causar vício em comidas adoçadas e, portanto, é preciso se manter atento para não exagerar no consumo.
Adoçantes naturais
Sim, apesar dos adoçantes mais tradicionais serem os artificiais, existem opções naturais. Confira:
Eritritol
O eritritol é um adoçante natural, também conhecido como álcool de açúcar. Com quase nenhuma caloria, ele é encontrado em alguns tipos de plantas e frutas (como o melão e a uva), mas é, também, produzido por meio de processos químicos e comercializado tanto na forma de pó como na forma granulada.
Seu sabor é cerca de 30% menos doce que o açúcar e, portanto, ele é considerado um adoçante bastante suave. Sua principal vantagem, além do baixo nível calórico, é que ele não altera os níveis de açúcar (glicose) no sangue, o que o torna mais seguro para pessoas com diabetes. Isso acontece porque, como suas moléculas não são quebradas pelo nosso processo digestivo, ele não é absorvido pelo organismo e, consequentemente, não causa efeitos metabólicos.
Justamente por conta disso, no entanto, ele pode causar incômodos em indivíduos mais sensíveis, se consumido em excesso, pois pode acabar fermentando no cólon e gerando desconfortos digestivos. Portanto, o ideal é introduzi-lo na dieta aos poucos para testar as respostas do organismo.
O eritritol, que já é encontrado em balas, chocolates, sorvetes, conservantes, geleias e muito mais, pode ser utilizado para adoçar quaisquer alimentos ou bebidas.
Xilitol
O xilitol e o eritritol são bastante comparados entre si por serem ambos naturais, mas o primeiro possui valor calórico consideravelmente maior que o segundo. O xilitol também é conhecido como álcool de açúcar e é encontrado em pequenas quantidades em alguns vegetais e frutas. Sua versão comercializada, no entanto, é produzida pela indústria por meio de processos químicos e possui cerca de 2,4 quilocalorias por grama.
Ele também pode ser utilizado em substituição ao açúcar para adoçar quaisquer alimentos ou bebidas e também é encontrado em chocolates, chicletes, cremes dentais e enxaguantes bucais. Seu sabor é doce e levemente mentolado e, entre suas vantagens, está o fato de que ele resiste bem a altas temperaturas e não possui sódio na composição.
Estévia
Último da nossa lista de adoçantes naturais, a estévia (ou stevia) é extraída das folhas da planta de mesmo nome, não possui calorias e é extremamente doce. Sim: cerca de 300 vezes mais doce que o açúcar comum. Por ter um retrogosto amargo, no entanto, ela não costuma ser utilizada sozinha, e sim em conjunto com outros adoçantes ou, até mesmo, com o açúcar.
A estévia é um adoçante extraído das folhas da planta stevia.
Adoçantes artificiais
Os adoçantes artificiais são os mais amplamente conhecidos pelos consumidores. Mas você sabe quais são suas características?
Aspartame
O aspartame é um adoçante artificial composto por dois aminoácidos: o ácido aspártico e fenilalanina. Ele foi descoberto em 1965 e chega a ser 200 vezes mais doce que o açúcar. É encontrado, principalmente, nas bebidas dietéticas.
É preciso ser consumido com moderação e cuidado, pois os aminoácidos em sua composição podem causar efeitos negativos para o organismo, principalmente para o sistema nervoso. Além disso, existem pessoas com uma condição chamada “fenilcetonúria”, que não conseguem digerir a fenilalanina e podem ser severamente prejudicadas pelo consumo da substância.
Sacarina sódica
A sacarina é um dos adoçantes artificiais mais antigos — e mais conhecidos. Produzida a partir do tolueno, ela tem poder de adoçar até 200 vezes mais que o açúcar, não possui calorias e é solúvel tanto em água quanto em álcool. A substância também é resistente a altas temperaturas e é utilizada para adoçar alimentos, bebidas e medicamentos.
Por possuir sódio em sua composição, no entanto, a sacarina deve ser evitada por hipertensos.
Sucralose
Apesar de ser encontrada na cana-de-açúcar, a sucralose é considerada um adoçante artificial por ser modificada quimicamente para não ser absorvida pelo corpo. Durante o processo, o cloro é utilizado para converter as moléculas de açúcar na sucralose, que não é metabolizada pelo organismo e não se transforma em calorias. O gosto, no entanto, continua bastante semelhante ao do açúcar.
A sacarose é extraída da cana-de-açúcar e tem suas moléculas alteradas pelo cloro para se transformar na sucralose.
Ciclamato de sódio
O ciclamato de sódio é um composto químico utilizado amplamente como adoçante artificial, tanto pela indústria alimentícia quanto pela farmacêutica. Ele não possui calorias e chega a ser 30 vezes mais doce que o açúcar, sem possuir o retrogosto amargo da sacarina. Por conta do sódio em sua composição, o produto não é recomendado para o consumo de pessoas hipertensas.
Tipos de açúcar
Não: açúcar não é um só! Assim como os adoçantes, eles estão disponíveis no mercado em diferentes tipos, cada um com suas características.
Açúcar cristal
Um dos tipos mais comuns e fáceis de encontrar no mercado, o açúcar cristal (ou granulado) é produzido a partir do xarope da cana-de-açúcar e, como o próprio nome sugere, é apresentado na forma de cristais transparentes.
Os processos de refinamentos aos quais ele é submetido fazem com que ele perca cerca de 90% de seus minerais e nutrientes.
O açúcar cristal é apresentado em grãos transparentes, e daí vem o seu nome.
Açúcar refinado
Dentre todas as variedades de açúcar, o refinado é o mais consumido pelos brasileiros — e o menos indicado. Isso porque ele passa por muitos processos químicos durante seu refinamento, o que faz com que todos os seus nutrientes sejam perdidos. Além disso, alguns aditivos são acrescentados nesse processo para que ele fique com a cor branca.
Como quanto mais refinado é o açúcar, maior é o seu índice glicêmico, este também é o tipo que mais aumenta os níveis de glicose na corrente sanguínea, o que também é bastante prejudicial a longo prazo e muito nocivo para pacientes diabéticos.
Açúcar mascavo
Uma das opções mais naturais e saudáveis, o açúcar mascavo é bruto e obtido por meio do cozimento do caldo da cana de açúcar. Ele não passa por nenhum processo de refinamento e limpeza e, até por isso, é mais escuro que os outros — mas possui todos os seus nutrientes intactos.
Isso não quer dizer, no entanto, que ele não tenha um nível glicêmico alto: assim como todos os outros açúcares, seu consumo deve ser reduzido!
O açúcar mascavo não passa por processos de refinamento e limpeza.
Açúcar demerara
Muito semelhante ao açúcar mascavo, o demerara passa por bem poucos processos de refinamento e não recebe aditivos químicos. Com isso, ele mantém seus nutrientes e minerais e possui grãos um pouco maiores e mais escuros que os do açúcar cristal.
Açúcar de confeiteiro
O açúcar de confeiteiro leva esse nome, justamente, por possuir grãos tão finos que são utilizados sumariamente em preparações de cobertura, glacês e chantillys. Seu aspecto é semelhante ao do talco, de tão fininho, e durante a sua fabricação ele passa por adições de amido para que os grãos não se unam.
Açúcar light
O light é uma opção para quem precisa reduzir o consumo de açúcar pelo ganho calórico, mas não se adapta muito bem aos adoçantes. Conhecido também como açúcar magro, ele é obtido por meio de uma mistura do açúcar comum com adoçantes, o que faz com que ele seja um meio termo entre os dois e se torne uma fonte que adoça mais que o açúcar comum — mas possui menos calorias.
Ele, no entanto, ainda é açúcar e provoca alterações no nível glicêmico do sangue, o que não o torna indicado para pessoas com diabetes!
Depois de leitura do texto, deu para perceber que não existem apenas benefícios ou malefícios nem nos açúcares e nem nos adoçantes: por isso, o ideal é entender bastante sobre os prós e contras de cada um deles, bem como sobre o seu estado de saúde para descobrir o que é o mais indicado. Na dúvida, consulte sempre o seu médico!
Semprebem.paguemenos.com.br