Agronegócios
Açúcar: Depois de muito tirar, Índia agora dá suporte para açúcar acima de 14 c/lp
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O açúcar conseguiu encontrar um suporte que poderá mantê-lo em patamares há muito não vistos na bolsa de commodities de Nova York. A safra da Índia, que há três ciclos derruba os preços, vem enfrentando dificuldades para perseguir o desempenho passado, o que se soma a outros fundamentos de recuo do disponível mundial.
O adoçante rompeu os 14 centavos de dólar por libra-peso, na sexta (10), quando fechou em 14.07 c/lp. Na quinta saiu em 13.71 c/lp, depois de ficar na franja dos 13 desde 4 de dezembro.
Nesta altura da segunda (13), o contrato março na ICE Futures vem sofrendo uma pressão de ajuste técnico, perto das 12h20 (Brasília), ficando entre igual ao último pregão ou em leve queda.
Colaborou, para a percepção do mercado que enxerga um déficit global, relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), encurtando a oferta, avalia ainda Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado.
Adiciona-se o Brasil passando por uma entressafra e embora as chuvas indiquem um bom período na safra 20/21 do Centro-Sul (a partir de abril), ainda não está definido claramente qual vai ser o mix. Nas duas últimas foi mais alcooleiro.
Índia
Nos dois primeiros dois meses do ciclo 19/20 indiano, o acumulado recuou 30% sobre novembro e dezembro de 2018, chama a atenção Muruci. Até final de dezembro, a produção foi de 7,7 milhões de toneladas.
Só na segunda quinzena do mês passado, quase 1 milhão/t de açúcar deixou de ser fabricada, baseado em dados das entidades das indústrias.
O clima derrubou muito as expectativas e os números revelam estatísticas que deverão encurtar o volume disponível da Índia para exportações, que até algumas semanas atrás girava na casa das 5 milhões/t.
Estados Unidos
O USDA divulgou relatório apontando que o país poderá 800 mil/t a mais sobre 18/19. Isso daria 3,8 milhões/t a serem buscadas no exterior.
A razão, segundo Muruci, é uma produção local menor, para 8,1 milhões/t (8,2 milhões/t no período anterior), além de estoques menos confortáveis.
Ou seja, os Estados Unidos surgem como outro destino para mais açúcar sobre um disponível que se mostra menor.
MoneyTimes