O projeto de lei do Executivo municipal encaminhado à Câmara de Vereadores propondo a criação de 26 cargos em comissão na estrutura da Fundação de Cultura, Esporte e Lazer gerou polêmica entre os parlamentares na sessão desta terça-feira, 11. A proposta integra a reforma administrativa aprovada pela Casa semana passada, diz a prefeitura em redação enviada à Casa.
Os vereadores Emerson Jarude (sem partido), Roberto Duarte (MDB) e Lene Petecão (PSD), que foram a favor da reforma, se manifestaram contrários à criação dos novos cargos.
Jarude e Duarte pediram a realização de concurso no lugar dos cargos em comissão. Eles enxergam um arranjo para a inclusão de apadrinhados políticos na estrutura da FGB.
“Sou contra o projeto de criação de cargos comissionados, justamente porque entendo que serviria para colocar apadrinhados políticos. Fui contra a criação do ITEC justamente por isso, e agora estão extinguindo o ITEC, ou seja, quando da criação foi justamente para colocar seus apadrinhados políticos”, disse Roberto Duarte.
A reforma administrativa resultou na fusão entre os setores da cultura, esporte e lazer. Segundo o líder do PT na Câmara, Rodrigo Forneck, a criação dos novos cargos está prevista na reforma e não altera o valor da economia com cortes na máquina pública.
A prefeitura fala em economizar R$ 13 milhões por ano com a reforma administrativa.
“A criação desses cargos novos não alteram o valor global e nesse caso eles acontecem porque as atribuições da Garibaldi que hoje são exclusivas da cultura, elas passarão também da cultura para o esporte e o lazer. Aquelas ações da Secretaria de Esporte e Lazer (Semel) acontecerão na Fundação Garibaldi Brasil”, argumentou Forneck.
Os vereadores pediram vistas para analisar a matéria, que deve ser votada ainda esta semana.