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Acre deve diagnosticar 80 novos casos de câncer de mama; 60 apenas em Rio Branco, estima Inca


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Um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que sejam diagnosticados 80 novos casos de câncer de mama no Acre em 2018. Destes, 60 dos casos devem ser descobertos na capital acreana, Rio Branco.

Em entrevista à Rádio CBN Amazônia, o médico oncologista Antônio Vendette relembrou que, apesar do movimento Outubro Rosa ser direcionado principalmente ao câncer de mama, é importante lembrar também do câncer de colo do útero.

“O câncer mais comum, mais incidente na população feminina, é o câncer de mama em disparada. O câncer de colo do útero vem em segunda posição. Na Região Norte a gente tem até um câncer de colo de útero empatado, mas é um pouco mais incidente que o câncer de mama, embora, o de mama seja a principal causa de morte nas mulheres por câncer”, ressaltou.

Ainda segundo o médico, a estimativa é que sejam diagnosticados 90 novos casos de câncer de colo de útero, sendo 60 deles na capital acreana. Vendette explicou também que, ao contrário do resto do país, na Região Norte, a incidência do câncer de colo de útero supera o de mama.

Ao todo, nos estados da região estima-se que 1.730 novos casos de câncer de mama e os de colo de útero chegam a 2.300 casos.

“Não entendemos o porquê o câncer de colo uterino é mais prevalente na nossa região do que o de mama, diferente do restante do país, mas provavelmente porque temos na região Amazônica um início da vida sexual, das mulheres, precoce. Provavelmente exista uma família de vírus HPV, que é o causador do câncer do colo do útero, mais virulento nessa região”, complementou.

Vendette afirma que os motivos para esse índice ainda não foram totalmente identificados, mas algumas hipóteses são levantadas. Segundo o médico, o difícil acesso de alguns locais é uma das dificuldades enfrentadas no Acre, dificultando os serviços de diagnóstico. Dependendo da localidade, o processo de coleta, envio de amostras, análise e resultado do exame pode demorar até seis meses.

“Câncer hoje é uma doença altamente curável, é uma doença fácil de ser diagnosticada por métodos não muito agressivos e nem invasivos. A mulher que tem qualquer tipo de suspeita de um caroço na mama ou sangramento vaginal, corrimento com dor estranha, dor na relação ou saída de secreção sanguinolenta pelo bico do peito, essa mulher imediatamente procura o serviço de saúde tenta fazer um rastreamento e descartar a possibilidade de uma neoplasia de um câncer”, falou.

O médico explica ainda que apesar da gravidade hoje em dia não há motivo para desespero. O câncer é uma doença que pode ser tratada e curada. Por isso é preciso fazer exames como mamografia e ultrassonografia da mama pelo menos uma vez por ano e, havendo vida sexual ativa, o exame preventivo.

“Embora seja uma doença curável, quanto menor o volume de doença no diagnostico mais fácil a cura e menos tratamento teremos que submeter essa paciente. É perder o medo e a gente fazer também nosso papel”, concluiu.

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