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Acir Gurgacz reforça PDT com Amorim e Suruí; e só dois membros da bancada de Rondônia defendem Daniel Silveira


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Por Sérgio Pires

DIAS DECISIVOS PARA A POLÍTICA RONDONIENSE: ROCHA, ROGÉRIO E LÉO NA CORRIDA PELO GOVERNO. VINICIUS E DANIEL PEREIRA AINDA PODEM ENTRAR NA BRIGA

O sábado marca o Dia D de muitos acordos, parcerias, federações, troca-trocas de partidos, montagem das nominatas para as disputas à Assembleia e Câmara Federal e a corrida pelo Governo do Estado. Em nível nacional, as novidades não param e, sem dúvida, várias delas terão influência importante nas eleições em Rondônia.

Uma delas, extremamente importante: o ex-juiz Sérgio Moro saiu do Podemos; estaria ingressando no União Brasil, abrindo mão da sua candidatura à Presidência da República e poderia ser o candidato a vice numa chapa liderada pelo governador gaúcho Eduardo Leite ou concorrer à Câmara. Ele optou pela segunda opção. Ele iria com Leite porque o governador de São Paulo, João Dória, chegou a anunciar – e depois voltou atrás – a desistência da corrida ao Planalto. Os dois, Moro e Dória, que se apresentaram como terceira via ante Bolsonaro e Lula, jamais decolaram.

Resta agora, neste grupo dos que ainda acham que tem chances de ir ao segundo turno contra os dois poderosos postulantes à Presidência, apenas Ciro Gomes, que tem um eleitorado cativo, mas igualmente, ao menos até agora, não se consolidou como a terceira via possível. E em Rondônia? Aqui o quadro final pela disputa pelo Senado e pelo Governo ainda está nebuloso. Havia, até a sexta-feira, entre os que tem chances reais, três candidaturas postas: Marcos Rocha, Marcos Rogério e Léo Moraes. Vinicius Miguel, que entraria no time dos com chance, ainda não bateu o martelo.

Há quem diga que, lá na frente, ele vai preferir disputar uma cadeira para a Câmara Federal. Daniel Pereira, outro nome muito forte, está com dois corações, mas, ao que se ouve nos bastidores, já teria se definido pela disputa ao Senado.

Pode surgir alguma surpresa de última hora? Alguém que não esteja ainda no processo e que possa aparecer como um nome inesperado? Claro que pode, não só agora, quando termina o prazo para troca de partidos, como, ainda, até agosto, quando se encerra o período das convenções e haverá o início oficial da campanha política. Enquanto isso, os bastidores pegam fogo com comentários, fofocas, Fake News e, se a gente peneirar bem, se consegue uma ou outro informação que esteja ao menos perto da verdade.

Depois da peneirada, o que dá para se acreditar (e ainda não 100 por cento!): há um candidato que só pensa no governo; há outro que não estaria apaixonado pela ideia de concorrer, mas terá que fazê-lo, para não perder seu espaço político conquistado com muita luta; há o que ainda não conseguiu arregimentar forças suficientes para torná-lo um nome com total viabilidade ao Governo e, ainda, há os indecisos. Neste samba do crioulo doido (ainda dá pra usar esta frase, que, mesmo sendo título de música, se transformou, por desejo de uma minoria, em algo politicamente incorreto?) dá para se fazer alguma previsão correta?

Quem quiser, que se arrisque a adivinhar…

HÁ TANTAS HIPÓTESES, OPÇÕES, ACORDOS, DESACERTOS E CORRIDAS PARA UM LADO E OUTRO: ALGUÉM AÍ SABE O QUE VAI ACONTECER?     

Já em relação ao Senado, a questão também está longe de se definir. Caso Marcos Rogério feche com o grupo de Léo Moraes (o senador tenta convencer o deputado federal a ser seu vice, o que formaria uma chapa poderosíssima!), a candidata ao Senado deles seria Jaqueline Cassol. Mas, se Mariana Carvalho ingressar mesmo no PL, com o aval de Flávio Bolsonaro, o poderoso senador e filho do presidente da República, como ficaria esse acordo? O PL regional, que tem à frente o próprio Marcos Rogério, toparia essa aliança, mesmo sendo adversário político de Mariana? E como ficariam Léo e Jaqueline, que já tem um acerto político entre eles? Mais que isso: o PL deixaria de lado o poderoso empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, amigo pessoal do Presidente Bolsonaro e seu aliado de primeira hora? E como ficaria o bom de voto Expedito Júnior, neste complexo e quase inacreditável quadro que está se formando? Marcos Rocha, que quer ver Mariana senadora de seu grupo, estaria colocando as mãos também em parte do PL rondoniense, com o aval do Planalto? Ou seja, neste momento crucial das decisões da nossa política, há perguntas sem fim, para pouquíssimas respostas definitivas. Pode acontecer o totalmente imponderável, como, por exemplo, quem está rompido agora, estar unido mais adiante; quem está postado com candidatura viável pode cair fora; quem está aqui, amanhã pode estar lá. Aquele que disser que sabe o que vai acontecer, nesse emaranhado de possibilidades e elucubrações, certamente está apenas dando uma de Mãe Dinah! Na nossa política, portanto, até o impensável pode acontecer. Parte das decisões saberemos, já neste final de semana.

Não se pode dizer que o presidente regional do PDT, o senador Acir Gurgacz, não esteja lutando bravamente para formar uma nominata forte para a Câmara Federal. A tentativa ajudaria a deputada Sílvia Cristina, caso ela permaneça no partido, algo que a competente parlamentar vai decidir apenas nesta sexta-feira, conforme informou pessoalmente a este Blog. Silvia está lutando de todas as formas, para ter ao seu lado nomes que somem na sua tentativa de reeleição, coisa que seria muito difícil no PDT, mesmo com a chegada de novos candidatos, que poderiam reforçar o grupo dos com chances de terem votação substancial. Com a dupla cooptada pelo pedetismo, abriram-se novos horizontes neste raciocínio. São dois nomes considerados pesos-pesados da nossa vida pública. O primeiro deles é o índio Almir Suruí, figura conhecida internacionalmente e um dos mais próximos amigos das ONGs que atuam na Amazônia. Ele é pai da ativista Txaí Suruí, que brilhou em evento internacional, quando discursou na 26ª Conferência da Cúpula do Clima, em Glasgow, abordando temas que os ambientalistas do mundo inteiro adoram ouvir. O segundo personagem importante que ingressou no PDT, também para ser candidato à Câmara Federal, é um dos políticos rondonienses que galgaram diversos cargos públicos, entre o Executivo (foi prefeito de Ariquemes), mas também no Legislativo, onde ocupou cadeiras na Câmara Federal e no Senado. Trata-se de ninguém menos do que Ernandes Amorim, figura polêmica, mas que tem, há muitos anos, um eleitorado cativo. No grupo pedetista, há ainda outro nome poderoso: o do empresário Airton Gurgacz, que já foi vice-governador e deputado estadual e que concorre novamente ao Parlamento rondoniense. Portanto, quem acha que o poderio dos Gurgacz e do seu grupo político estava se esvaindo, errou feio. Eles continuam poderosos, principalmente na região central do Estado.

CACIQUE FOI PRESO 24 HORAS DEPOIS DE SE TORNAR CANDIDATO, POR NÃO PAGAR PENSÃO ALIMENTÍCIA

Por falar em Suruí, menos de 24 horas depois de assinar ficha com o PDT, o cacique foi preso. Não que tenha cometido algum ato ilícito, como corrupção ou algo parecido. Nada disso. A prisão foi determinada pela Justiça, porque o líder indígena, conhecido no mundo inteiro, não pagou 11 mil reais de pensão alimentícia a uma ex-companheira. Como trata-se de uma figura extremamente amada no meio dos ambientalistas e da imprensa mais à esquerda, o caso teve pequena repercussão e não há maiores detalhes sobre eles. O valor devido é, aos valores aproximados de hoje, menos de 2.200 dólares. Ou seja, qualquer pedido público de ajuda resolveria a questão em minutos, já que o líder Surui e sua filha (ela, inclusive, é colunista do jornal esquerdista Folha de São Paulo), poderiam conseguir alguns milhares de dólares, num estalar de dedos. Mesmo com a prisão, Almir continuará candidato à Câmara Federal, já que este caso não lhe afeta os direitos políticos. Pelos comentários na grande mídia (basta pesquisa no Google), há uma grande mobilização das ONGs e instituições apaixonadas pela causa indígena, para que Almir consiga chegar ao Congresso Nacional, como o primeiro deputado federal indígena de Rondônia. Embora seja muito valorizado em nível nacional e internacional, Almir Suruí não teria o mesmo apoio entre seus comandados, mas há quem diga que esses comentários são apenas intriga da oposição. O PDT terá chance muito pequena de eleger dois deputados. Até porque, para eleger alguém, há que se combinar com o eleitorado. Amir Surui já foi solto.

OS ÔNIBUS QUE AJUDARAM A FAZER A HISTÓRIA DE RONDÔNIA: EUCATUR COMEMORA SEUS 58 ANOS

Por falar nos Gurgacz, até como uma justa homenagem à família pioneira de Rondônia e a uma das maiores empresas que se confunde com nossa história, vale a pena reproduzir texto que um dos seus diretores, o hoje senador Acir Gurgacz, publicou nas redes sociais, em homenagem aos 58 anos de fundação da Eucatur: “o dia 31 de março é uma data histórica para nossa família. Foi neste dia, em 1964, que meu pai, seu Assis, comprou o primeiro ônibus e criou a Empresa União Cascavel de Turismo – a Eucatur. A empresa começou fazendo a linha entre os municípios de União e Cascavel, no Paraná. Cresceu junto com o desenvolvimento do Oeste paranaense, a construção de Itaipu, e o chamado do governo federal para integrar a Amazônia ao território nacional, que resultou na criação do Estado de Rondônia. Nossa história se confunde com a história de Rondônia e do Brasil. Com a história de muitos brasileiros e brasileiras que migraram do Sul do país para desbravar o Oeste e o Norte brasileiro. Há 58 anos, a Eucatur segue firme abrindo caminhos pelo Brasil, conectando pessoas e levando a esperança de dias melhores para quem busca um novo rumo, ou realizar o seu sonho. Nesta data tão especial, eu deixo um abraço de gratidão a todos clientes, colaboradores, fornecedores e amigos da Eucatur, que também fazem parte dessa história. Parabéns e muito obrigado a todos”! É sempre bom lembrar da importância da empresa, não só atualmente, integrando Rondônia ao Brasil, mas, principalmente, naqueles duros tempos do início da década de 60, quando chegar a Porto Velho, por exemplo, era cumprir uma verdadeira epopeia, em cada uma das suas viagens. São antológicas e não podem nunca cair no esquecimento, fotos históricas dos primeiros ônibus da Eucatur, trazendo pioneiros para essas terras de Rondon.

LEI AUTORIZA REAÇÃO ARMADA DE PROPRIETÁRIOS CONTRA INVASORES, MAS ESTA NOTÍCIA TEM UM LADO QUE ENTRISTECE OS BRASILEIROS DE BEM

A semana começou com uma ótima notícia, embora ela tenha sido trazida de três anos atrás. Foi revivida nas redes sociais num comentário do grande jornalista Alexandre Garcia, que é, ao mesmo tempo, uma notícia ruim para nosso país. Primeiro o lado bom. Foi aprovada, por ampla maioria, em 2019, lei que autoriza o uso de armas, inclusive de grosso calibre, contra invasores de propriedades. A lei considera como legítima defesa, o uso de armas contra criminosos, que vivem de invasões ilegais, não só nas áreas rurais quanto as urbanas. Este, portanto, o lado justo da decisão. Qual o lado triste, deprimente, que deixa os brasileiros de bem cabisbaixos? Simples. Esta lei foi aprovada por imensa maioria, no Parlamento da Itália, uma das maiores democracias do mundo. Ou seja, lá, há anos, bandido é tratado como bandido, com apoio da legislação. Infelizmente, aqui no Brasil, o terrorismo das invasões, os ataques violentas, os assassinatos praticados por falsos grupos de sem terra, movidos apenas à ganância e com o aval de vários setores que a gente sabe muito bem quais são, continuam ocorrendo em abundância. Aqui em Rondônia, os ataques à propriedades se registram seguidamente. No ano retrasado, inclusive, policiais foram assassinados de forma covarde, em ciladas preparadas pelos bandidos, a maioria deles ainda impune. Em Vilhena, um casal foi trucidado dentro da sua propriedade, no ano passado. Há algum tempo atrás, um conhecido fazendeiro de Ji-Paraná, o empresário Bruno Scheid, foi atacado e torturado por vagabundos, que se diziam os verdadeiros donos da terra, aquela que o produtor rural conseguiu com grande esforço e muito trabalho. Os italianos vão poder se defender deste tipo de criminoso. Nós, por aqui, não…

SÓ DOIS MEMBROS DA BANCADA FEDERAL SAÍRAM EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO E DE DANIEL SILVEIRA

Mais um rondoniense se insurge contra decisão do STF, no caso que envolve decisões, algumas delas surpreendentes, envolvendo o deputado Daniel Silveira, a quem o jornalista Augusto Nunes, por exemplo, chama, obviamente em forma de pura ironia, com a ácida crítica de que o parlamentar é “prisioneiro pessoal do ministro Alexandre de Moraes”. Depois do líder da bancada federal, deputado Lúcio Mosquini, foi a vez do senador Marcos Rogério, pronunciar-se contra as decisões do STF, que atingiram Silveira. Marcos Rogério tachou como “inconstitucional” a medida patrocinada pela Suprema Corte, vez que, de acordo com a Carta Magna, os membros do Legislativo em Brasília serão invioláveis, cível e criminalmente, por suas opiniões e manifestações”. “A situação do deputado Daniel Silveira constrange a todos nós do Parlamento brasileira”, afirmou o senador. E destacou que “a inviolabilidade da Casa do Povo deve ser preservada. Ninguém está acima da Constituição Federal!”. Marcos Rogério, numa postagem das redes sociais, acentuou ainda que “o artigo 53 da Constituição Federal, não exige muita interpretação. Deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”, protestou. Por fim, na mesma postagem, Marcos Rogério concluiu: Não pode ser diferente com o deputado Daniel Silveira ou qualquer outro parlamentar. Ao Supremo cabe, assim como todos nós, respeitar a Constituição federal”. Com exceção de Mosquini e Marcos Rogério, nenhuma outra voz da bancada rondoniense, se elevou em defesa dos direitos dos parlamentares e dos de Silveira, especialmente.

PERGUNTINHA

Você que é paulista e você que é carioca, entre São Paulo ou Palmeiras; Flamengo ou Fluminense, quem acha que serão os campeões dos seus Estados, neste final de semana?

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