Mato Grosso
“A intervenção será feita, seja pela Prefeitura ou pelo Governo”
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A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Janaina Riva (MDB), afirmou ter a certeza que a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá passará por uma intervenção em breve.
A unidade está com os atendimentos paralisados desde o dia 11 de março e passa por graves problemas financeiros e de gestão.
Desde então, uma série de reuniões vem sendo realizadas entre representantes do hospital, do município, do Governo, além de membros de outros Poderes, como a própria Assembleia.
Ainda assim, até o momento, não há qualquer sinalização de repasses à unidade, tampouco de retomada dos atendimentos.
Após a visita do ministro mudou o cenário porque o Mauro teve mais segurança em poder contribuir na intervenção. Foi isso, pelo menos, que eu percebi do governador e também do prefeito Emanuel Pinheiro. Passou mais confiabilidade
“A intervenção vai sair. Só não posso garantir se vai ser intervenção do Estado ou da prefeitura”, afirmou Janaina, em conversa com a imprensa.
A declaração faz alusão ao anúncio feito pelo governador Mauro Mendes (DEM) na última semana de que o Executivo irá elaborar um plano de viabilidade com soluções para que a Santa Casa volte a funcionar.
Na avaliação da deputada, a decisão de Mendes é reflexo de um encontro recente entre o governador e o Ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
“Após a visita do ministro mudou o cenário, porque o Mauro teve mais segurança em poder contribuir na intervenção. Foi isso, pelo menos, que eu percebi do governador e também do prefeito Emanuel Pinheiro [MDB]. Passou mais confiabilidade”, disse Janaina.
Durante agenda cumprida em Cuiabá no último dia 22, Mandetta afirmou que “havendo seriedade por parte dos administradores da Santa Casa e havendo verdade nos números e planejamento”, o Ministério da Saúde vai aportar recurso na unidade.
Relatório
A direção Santa Casa de Misericórdia finalizou um relatório, no início do mês de abril, com um plano emergencial, apontando uma dívida de R$ 118 milhões, entre fornecedores, funcionários e instituições bancárias.
A direção afirmou ao MidiaNews que o documento foi entregue ao Tribunal Contas do Estado, Assembleia Legislativa, Governo de Mato Grosso e Prefeitura de Cuiabá, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e Câmara de Cuiabá.
Conforme o documento, a maior parte do passivo diz respeito a dívidas com instituições bancárias – R$ 38,6 milhões. E o segundo maior passivo diz respeito a tributos e encargos – no total de R$ 30 milhões.
Com salários e 13º pagamentos dos funcionários, a Santa Casa tem um déficit de R$ 10,9 milhões.