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A automação chegou, afirma Antônio Fernando Ribeiro Pereira
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O empreendedor digital Antônio Fernando Ribeiro Pereira é categórico ao afirmar que a automação do trabalho chegou
Para parte dos empresários isso é uma boa notícia, pois vai tem como cobrar a mesma eficiência de sua equipe com menos gastos nas empresas.
O empreendedor digital Antônio Fernando Ribeiro Pereira é categórico ao afirmar que a automação do trabalho chegou. Muito mais cedo que as previsões mais otimistas pois nenhum especialista havia considerado a possibilidade de uma pandemia, como a que estamos vivendo com o novo Coronavírus.
A mudança no cenário econômico e social antecipou tendências
O isolamento em casa consolidou as entregas de comida por aplicativos de delivery como Uber Eats e Ifood. E mais, mostrou que um mundo de coisas pode ser feito por aplicativos, desde entrega de pacotes até mesmo um entregador sacar dinheiro para você.
“Empresários tinham receio de que o home office não iria funcionar no Brasil”, afirma Antônio Fernando Ribeiro Pereira. Mas o Zoom e outras plataformas mostraram a eficiência do teletrabalho. Tanto é verdade que empresas e bancos brasileiros estão se inspirando nas gigantes Google, Amazon e Microsoft e mantendo boa parte do trabalho de forma remota. E quem está em busca de emprego vai se deparar com milhares de vagas para home office.
Para parte dos empresários isso é uma boa notícia, pois tem como cobrar a mesma eficiência de sua equipe com menos gastos nas empresas, desde luz, aluguel ou possíveis acidentes de trabalho. Já os setores mais tradicionais, principalmente o comércio a varejo, precisam se reinventar.
“take away” e “click and collect”
Outra tendência que estava engatinhando no Brasil e cresceu foram os sistemas “take away” e “click and collect”.
O take away no Brasil é a entrega no balcão, popularizado durante a quarentena. O cliente, ao invés de permanecer no restaurante para uma refeição ou pedir pelo app, busca seu prato preferido para comer em outro lugar.
De forma parecida, o click and collect é a forma de compra online em que o cliente retira o produto adquirido em uma loja ou algum ponto de coleta.
E se isso ainda parece surreal, basta ver que qualquer criança já “nasceu sabendo” mexer em smartphones e tablets. “Com a imersão que estamos vivendo na pandemia isso acontecerá de forma ainda mais acelerada”, afirma o empreendedor.
Para Antônio Fernando Ribeiro Pereira, o perfil do trabalhador está mudando rapidamente. O historiador israelense Yuval Harari, em seu livro Homo Deus, afirma que em breve teremos milhões de pessoas que não serão “empregáveis”, ou seja, não estarão aptas aos trabalhos exigidos com a automação.
Ribeiro não é tão pessimista,
mas acredita que as empresas estarão focadas nos trabalhadores que sabem empreender, se adaptam a mudanças com facilidade e tem capacidade de se capacitarem por conta própria.
Os serviços mais braçais estão com os dias contados. Mesmo a empatia, tão importante nas vendas cara a cara estão sendo aprendidas pelos chatbots, que serão sempre pacientes com os clientes.
E quem já pilota centenas de quilômetros todos os dias fazendo entregas ou levando passageiros, é bom arranjar tempo para estudar para outras profissões, como manutenção de carros e drones.
Isso porque a Uber já tem carros que dirigem sem motoristas e Amazon tem o Prime Air, um projeto que está para ser implantado de entrega por drones. A automação permitirá entrega do produto se não tiver ninguém em casa.
“A automação do trabalho chegou em quase todos os lugares, temos que nos adaptar ou ficaremos obsoletos”, finaliza Antonio Fernando.