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Recuperação de empresas – Entenda sobre a Gestão Interina


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Consultor empresarial, Marcelo Viana esclarece que basicamente é quando um executivo ou consultoria assume a direção do negócio por um tempo para ‘reorganizar a casa’
Negócio com graves problemas financeiros, com problemas na gestão de pessoas, ou, que se mostra estagnado, sem qualquer sinal de crescimento? A gestão interina pode ser a solução mais indicada para esses ou outros problemas.

A gestão interina, derivada do termo em inglês ‘interim management’ é quando um profissional assume alguma posição gerencial ou direção executiva no negócio. O mais indicado é que a gestão interina seja realizada por uma consultoria experiente.

Em matéria publicada pelo O Estado de S. Paulo, foi mostrada a história do empresário Christian Bennecke, que estava enfrentando problemas financeiros para manter a empresa Corneta (fabricante de autopeças) aberta. Bennecke pediu auxílio a uma consultoria de gestão para ‘colocar a casa em ordem’ e assumir a gestão interina de sua empresa.

Gestão interina – Por que os negócios têm optado pela consultoria empresarial?

A gestão interina tem um tempo determinado para acontecer: entrada do profissional; diagnóstico dos problemas; proposta de reestruturação; implementação do projeto (desenvolvimento) e a finalização.

O profissional assume o posto na direção da empresa por um tempo determinado que pode variar. O trabalho se encerra com o cumprimento dos objetivo e com a certeza de que os processos restaurados no negócio poderão seguir por conta própria.

Um executivo pode assumir a gestão interina, mas o mais recomendado e praticado pelas empresas tem sido a parceria com uma consultoria empresarial. Por quê? Entendemos que a consultoria reúne competências multidisciplinares, equipe e experiência em empresas em situações de crise. Todas as áreas da empresa são observadas e atendidas sob uma nova gestão temporária, com objetivo de resgatar o equilíbrio financeiro e operacional.

Geralmente, a equipe costuma estranhar essa estratégia, e isso se torna ainda mais intenso quando se trata de um profissional com experiência em gestão e que tenha assumido um cargo semelhante em outra empresa. Implicitamente se pensa que aquele profissional já carrega alguns ‘vícios’ da trajetória executiva e que talvez não possa executar a tarefa de reestruturação da melhor maneira.

Já quando se trata de uma consultoria empresarial assumindo a gestão interina, a aceitação costuma ser maior. Isso ocorre principalmente pela visão predominantemente ‘imparcial’ do profissional sobre a empresa.

O consultor tem uma visão aguçada, com menor tendência a influências externas, isso porque a vivência do consultor, mesmo que ele tenha tido experiências anteriores em posições de gerência, o ensinou os dois lados do mundo empresarial, de dentro e fora dos negócios, apto a uma posição de diagnosticar problemas com maior facilidade e auxiliar na reestruturação de processos internos.

Gestão Interina também para pequenas empresas?

Ressalto a importância da gestão interina para as pequenas empresas, aliás, é fundamental, para que se desenvolvam no mercado, consigam se destacar dentre a concorrência.

Quando é importante pensar na gestão interina?  Quando a empresa está passando por algum processo de mudança ou por problemas sejam financeiros ou na gestão do negócio. O empreendedor entende que precisa de alguém experiente na gestão da empresa, mas não deseja uma contratação, a ideia é uma mudança total nos processos do negócio.

O gestor interino tem o papel de liderar o negócio sem vínculos com a empresa, mas ao mesmo tempo é fundamental que se estabeleça uma parceria entre ambos, e que o negócio esteja apto a colocar em prática as orientações do consultor parceiro para a sua reestruturação.

Quais os benefícios que a gestão interina traz para o negócio?

Objetividade – Esse profissional que assumirá a gerência ou direção executiva do negócio é chamado em momentos decisivos. Após o diagnóstico dos problemas na empresa, já inicia-se o processo para a reestruturação do negócio, sem perda de tempo.

Experiência – Aquele que assumirá essa posição de gerência em algum departamento do negócio ou direção executiva conta com ampla experiência no mercado. Faz parte do perfil desses profissionais a disposição para lidar com os desafios. O resultado é a melhoria dos processos.

Custo benefício – O gestor interino não é considerado um empregado da empresa, mas um parceiro. Os custos da permanência desse profissional nas dependências da empresa serão menores do que o de um profissional efetivo.

Contratação de acordo com a necessidade da empresa – Ao contratar um consultor para a gestão interina, o empreendedor pode pensar nas necessidades do negócio que precisarão desse trabalho (financeiro, gestão de pessoas, departamento comercial, etc.).

Economia de tempo – Esse também é um dos principais benefícios da gestão interina. Além disso, dispensa-se o treinamento a este parceiro, que ficará na empresa por tempo determinado.

Reestruturação organizacional é o principal foco da Gestão Interina

O gestor interino entra no negócio geralmente para resolver crises na empresa. A visão desse profissional, com ampla experiência em liderança e em gerenciamento de projetos e que, em muitos casos, teve vivência com diferentes segmentos e portes de negócios, consegue identificar mais rapidamente os problemas e, mais do que isso, o processo de reestruturação se torna mais efetivo em menor tempo.

O consultor empresarial que assume a gestão interina em um negócio estará apto a rever as estratégias na empresa, a fim de restabelecer a integridade em quais processos forem necessários.

Marcelo Viana – É diretor da T4 Consultoria, focada principalmente nas pequenas empresas. Possui experiência de mais de 20 anos em Controladoria e Administração Financeira, tendo atuado em cargos executivos em inúmeras empresas. Graduado em Ciências Contábeis; Consultoria Gestão Empresarial-PUC; MBA Controladoria Estratégica pela Fundação Alvares Penteado – FECAP e MBA Gestão Econômica e Financeiras de Empresas-FGV.
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