Agronegócios
Milho abre semana em alta na Bolsa de Chicago com mais previsões de chuvas nos EUA
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A semana começa com ganhos nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam valorizações entre 7,00 e 8,25 pontos por volta das 09h05 (horário de Brasília). O vencimento julho/19 era cotado à US$ 4,60, o setembro/19 valia US$ 4,67 e o dezembro/19 era negociado por US$ 4,71 nesta segunda-feira (17).
Segundo análise de Tony Dreibus da Successful Farming, o milho, assim como a soja, saltou no comércio da madrugada de segunda-feira, em meio a previsões de mais chuvas nas regiões produtoras dos Estados Unidos.
As fortes chuvas seguem presentes, uma vez que até seis vezes a quantidade normal de chuva caiu em algumas partes do Meio-Oeste no mês passado, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia, atrasando o plantio e, em alguns casos, impedindo os agricultores de plantar suas colheitas no solo.
O mercado aguarda ainda a divulgação dos novos números do progresso de plantio americano que deve ocorrer no final da tarde desta segunda-feira. Na última semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou que 83% do milho dos EUA tinha semeado a partir da semana passada, atrás da média anterior de cinco anos de 99% para esta época do ano.
“Os produtores tiveram a chance de plantar por alguns dias na semana passada, mas mais chuvas no final da semana passada e previsões de tempestades durante toda esta semana provavelmente irão mantê-los fora dos campos no futuro previsível”, aponta Dreibus.
A semana termina com grandes altas para os preços internacionais do milho futuro da Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram valorizações entre 6,50 e 11,00 pontos nesta sexta-feira (14).
O vencimento julho/19 foi cotado à US$ 4,53, o setembro/19 valeu US$ 4,58 e o dezembro/19 foi negociado por US$ 4,63. No total desta semana, o contrato julho subiu 9,16% com relação ao último pregão da semana passada.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho subiram para o seu maior patamar nos últimos cinco anos na sexta-feira, já que previsões de mais chuvas para região leste na próxima semana prejudicaram as perspectivas de plantios tardios e as perspectivas de produção.
“O milho encerrou sua melhor semana única desde o verão de 2015 e subiu para as altas de cinco anos depois de lançar mais uma rodada de ganhos significativos. Os preços movimentaram hoje cerca de 2,5%, com as preocupações com as plantações tardias”, comentou o Ben Potter, analista da Farm Futures.
E a perspectiva para a próxima semana é de mais tempo úmido em um longo trecho que vai de Oklahoma até a Pensilvânia, esperando mais chuvas até 21 de junho, segundo o mais recente mapa de precipitação acumulada de sete dias da NOAA. Além disso, as máximas diurnas nos Estados Unidos centrais ficarão abaixo do normal durante a próxima semana também.
“O tempo úmido persistente nessas áreas limitará severamente o plantio restante de soja e aumentará o potencial para declínios significativos na área plantada de soja, além das grandes quedas na área de milho que são inevitáveis”, disse a empresa de tecnologia espacial Maxar.
Mercado Interno
No mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou desvalorização foi Castro/PR (1,37% e preço de R$ 36,00).
Já as valorizações apareceram em Porto Paranaguá/PR, Palma Sola/SC, Assis/SP, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Campinas/SP, Rio Sul/SC, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR (3,51% e preço de R$ 29,50), Jataí/GO e Rio Verde/GO (5,36% e preço de R$ 29,50), São Gabriel do Oeste/MS (5,77% e preço de R$ 27,50), Sorriso/MT disponível (6,82% e preço de R$ 23,50) e Sorriso balcão (11,90% e preço de R$ 23,50).
Para a Agrifatto Consultoria, no mercado físico as cotações seguem fortalecidas, apesar do início da colheita da safra de inverno. “Neste sentido, espera-se que os produtores fiquem mais inclinados a entregar os contratos fechados anteriormente, limitando ajustes de preços no spot no curto prazo”, dizem os analistas.
As valorizações dos contratos futuros contagiaram as negociações do físico, com a as indicações maiores, o que ampliou os volumes de negócios.