Cameli disse estar pronto para prestar esclarecimentos para órgãos controladores e apontar onde existe cartel. Licitações analisadas pela Controladoria apontam superfaturamentos.
O governador Gladson Cameli perdeu a paciência durante uma entrevista coletiva em Cruzeiro do Sul quando foi questionado sobre o suposto cartel existente na saúde. Quatro jornalistas representando as emissoras de rádio participaram do programa na Rádio e TV Juruá. A entrevista foi transmitida ao vivo por todo o sistema público de comunicação.
O governador disse que todas as licitações da saúde analisadas pela controladoria-geral apontam para superfaturamento. “Isso é o que, é santo?” Questionou.
O chefe do Palácio Rio Branco afirmou que está pronto para depor em qualquer órgão controlador para mostrar onde estão os processos viciados de irregularidades não apenas na saúde. Ele citou como exemplo, o pagamento de R$ 57 mil feito pelo Depasa, com o pagamento de um mês de internet. “Hoje esse valor é de R$ 129”, acrescentou.
Perguntando sobre o critério de escolha da nova secretaria de saúde, pelo fato da mesma ser de fora do Estado, novamente o governador demonstrou irritação com um dos ouvintes.
“Eu não quero saber se ela agrada a A ou B, quero saber se ela resolve os problemas da saúde. Quem tá perguntando eu sei quem é, sabe que as facilidades vão acabar. Empresas terceirizadas, podem aprontar as trochas”, alertou o governador.
Cameli voltou a afirmar que vai regionalizar o atendimento da saúde pública. Apresentando dados, o governador falou do pagamento de mais de R$ 2 milhões com fretamento de aeronaves pelo TFD. Para ele é mais barato trazer profissionais e especialistas aos hospitais do que fretar aviões mensalmente.
“A secretária vai me apresentar semana que vem uma estratégia para essa regionalização, disse a ela que me apresentasse números que eu vou correr atrás dos recursos que é minha obrigação”, confirmou Cameli.