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Especialistas afirmam que o uso excessivo da tecnologia é prejudicial para o desenvolvimento das crianças


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A tecnologia quando bem utilizada possibilita o fácil e rápido acesso à informação. O problema é que o uso frequente de aparelhos eletrônicos – principalmente com crianças – causa uma dependência, para muitos especialistas esse pode ser considerado o ‘Mal do século XXI’.

Uma pesquisa realizada pela AVG Tecnologias, entrevistou aproximadamente 6 mil mães com filhos entre três e cinco anos de idade. Durante o estudo, constatou-se que 62% das crianças já ligam o computador, 66% conseguem operar jogos eletrônicos, 47% sabem utilizar um smartphone e 57% sabem utilizar pelo menos um aplicativo no smartphone.

AVG também alertou os pais sobre o uso indevido das redes sociais, afirmando a importância da conscientização com as crianças sobre os cuidados que devem ser tomados online.

Para a fonoaudióloga Rafaela Bastian, o uso indevido da tecnologia está prejudicando drasticamente as crianças. Principalmente ao iniciarem as aulas, quando foram diagnosticadas dificuldades no desenvolvimento das crianças.

Rafaela destacou que antes dos seis meses de idade não é fácil identificar esses problemas, porém a partir do momento que elas começam com a curiosidade e a tentativa de novas experiências as dificuldades são notadas.

“É mais prático para os pais deixá-las no celular. Ficar envolvido com aparelhos eletrônicos não é ruim, o problema é o tempo em que elas passam fazendo isso. Para que a criança se devolva bem ela precisa aprender a brincar, pois esse novo mundo tecnológico prende e isso dificulta o desenvolvimento,” assegurou a fonoaudióloga.

Já a enfermeira e coordenadora de Atenção Básica do município de Cláudia (566 km de Cuiabá), Ângela Ramos Pereira, explicou que as equipes de saúde estão abordando novas práticas para alertar os pais sobre a propagação indevida da tecnologia.

“É necessário que os pais se conscientizem sobre o mau uso da tecnologia. Por mais que os aparelhos eletrônicos tragam benéfico, muitas crianças estão sendo diagnosticadas com imperatividades, mas esses problemas só existem porque os bons costumes das brincadeiras foram perdidos”, contou.

Ainda de acordo com a enfermeira o principal motivo da imperatividade é a sensação de abandono que é adquirida ao substituírem a brincadeira convencional por tecnologia.

“Elas precisam de brincadeiras para aprimorarem os seus sentidos. Isso auxilia o desenvolvimento e ajuda na integração com a sociedade”, ponderou.

A professora e bibliotecária Margarida Lazzeri, ressaltou que as visitas a biblioteca estão diminuindo cada vez mais. Segundo ela, esse fator se torna prejudicial ao bom desenvolvimento da sociedade.

“A ação de ler, se encontra cada vez mais distante. O hábito perdido devido o avanço da tecnologia é algo prejudicial para o desenvolvimento, principalmente das crianças. A leitura estimula a imaginação, aguça a curiosidade e ajuda no desenvolvimento da linguagem, tanto escrita, quanto oral”, pontuou, alertando também que é essencial incentivar as crianças a adquirirem o velho hábito.

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