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Saiba Tudo Sobre o Câncer de Garganta


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câncer de laringe, mais conhecido como câncer de garganta, acontece na maioria das vezes na região da cabeça e do pescoço. Ele surge devido a mutações genéticas nas células, que crescem aceleradamente e costumam formar tumores (malignos) que podem se espalhar para outras áreas do corpo. O tumor pode se instalar em três áreas da laringe: a supra glótica, a glote ou subglote, mas ele pode se manifestar também nas áreas da faringe e nas próprias amígdalas. A maior parte dos casos (cerca de 2/3) acontece na glote, região das cordas vocais.

O número de mortes pela doença, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) foi de 4.141 no ano de 2013, sendo que 3.635 foram homens. Desse modo, é possível afirmar que os casos ocorrem com maior frequência no sexo masculino, entretanto, se diagnosticado com antecedência existe muita chance de cura. No artigo de hoje iremos esclarecer maiores dúvidas sobre a doença, inclusive como se deve proceder para buscar ajuda e começar o tratamento o quanto antes. E lembre-se: Se alguns dos sintomas aqui descritos persistir, não hesite em procurar um profissional qualificado.

1) Causas do câncer de garganta

As causas ainda não foram cientificamente provadas, mas existe a teoria que diversos fatores, como o tabagismo, podem influenciar na mutação da célula cancerígena. Dentre os mais frequentes destacamos:

A) O uso excessivo de álcool e tabaco:

Abusar de tais substâncias contribui não só para o aparecimento do câncer de garganta, como também do câncer de cabeça. Nesse caso, os tumores mais frequentes são os que surgem na cavidade oral, na orofaringe, hipofaringe e principalmente na laringe. Ainda vale enfatizar que os indivíduos que utilizam as duas substâncias, tem maior chance de desenvolvê-lo do que aqueles que apenas bebem.

B) Papiloma vírus:

O vírus do HPV pode promover o surgimento de infecções virais que podem contribuir para o surgimento do câncer, principalmente o vírus do HPV-16. Dentre os tumores mais comuns destacamos os que surgem nas amigdalas e na base da língua. Quando o indivíduo possui relação sexual oral com outro que já está infectado, também possui altas chances de desenvolver câncer na garganta;

C) Exposição a substâncias tóxicas:

Se expor diariamente ou com certa regularidade a algumas substâncias tóxicas pode ser prejudicial à saúde e contribuir também para o aparecimento do câncer de laringe, como é o caso do amianto.

2) Sintomas iniciais do câncer de garganta 

Os sintomas do câncer de garganta variam em cada caso. Nem todos os pacientes apresentam sinais da doença, e aqueles que apresentam, muitas vezes confundem com sintomas de outras enfermidades. Mas dentre os primeiros sinais apresentados podemos destacar:

  • Uma rouquidão que insiste em persistir (e ocorre principalmente quando o câncer está localizado nas cordas vocais do indivíduo);
  • O aparecimento de manchas vermelhas ou brancas na região da boca;
  • E em alguns casos surge uma feridinha ou úlcera na boca que não melhora.

3) Sintomas do câncer de garganta

Quando a doença já está em um estágio mais avançado, consequentemente surgem mais sintomas. Geralmente, quando o paciente não descobre rapidamente pela ausência de sintomas iniciais, inevitavelmente acaba descobrindo em estágio avançado, já que os mesmos acabam sendo bem mais nítidos. Dentre os sintomas avançados destacamos:

  • Dificuldades na hora de engolir alimentos;
  • Rouquidão associada a dificuldade de engolir, persistente por mais de quatro semanas consecutivas;
  • Dor intensa na região da garganta;
  • Tosse seca frequente e bastante incômoda;
  • Tossir sangue;
  • Forçar a tosse por conta de uma sensação equivocada de corpo estranho na garganta;
  • Quando se fala, o som fica mais agudo, devido ao estridor laríngeo e
  • Dificuldades de respirar ou sensação de asfixia, quando a doença já se encontra em estágio terminal.

4) Quais são os fatores de risco?

Vale apena saber que existem alguns fatores de risco que podem propiciar o surgimento da doença e aqui reunimos os mais comuns para você evitar:

  • Nóz de bétele: também conhecida como Paan, a Noz de bétele é um prato da região da Ásia que pode incluir tabaco em sua composição;
  • Bebidas quentes: quando uma bebida está em temperatura muito alta, ao ser ingerida, pode provocar danos na região da mucosa, por isso é importante evitar;
  • Alimentos salgados e com conservantes: alimentos industrializados com alto teor de sódio ou com conservantes também prejudicam a saúde da região da laringe;
  • Exposição decorrente do trabalho: Em alguns casos, trabalhadores ficam expostos a pó de madeira, certos tipos de metais, vapor de tinta e solventes químicos que podem propiciar o aparecimento do câncer de nasofaringe. E o amianto, como já foi citado mais anteriormente, e outras substâncias de teor tóxico, são grandes responsáveis pelo câncer de laringe;
  • Infecção: ocasionadas pelo vírus Epstein-Barr;
  • Exposição à radiação;
  • Ascendência: quem possui ascendência chinesa ou asiática está mais exposto a desenvolver a doença.

Mas vale enfatizar que nesse caso, os fatores de risco são mais voltados para adultos com idade superior a quarenta anos, que são o alvo principal da doença. Crianças muito raramente contraem esse tipo de câncer.

5) Como diagnosticar o câncer de garganta?

Saiba Tudo Sobre o Câncer de Garganta

Antes da realização dos exames específicos, o histórico familiar favorável ao desenvolvimento da doença pode ser um grande passo para se ter o diagnóstico. Após isso, é realizado o exame médico e depois, de acordo com os resultados, podem ser pedidos os exames específicos.

Esses exames são: tomografia computadorizada, ressonância magnética, radiografia de tórax e, por último, por biópsia do tumor. A biópsia é feita por incisão cirúrgica no pescoço, ou por meio da endoscopia.

6) O que pode ser quando o paciente sente a doença de cabeça?

No geral, os pacientes que são diagnosticados com o câncer, passam a conviver com a sensação de um caroço na garganta, que na verdade é o nódulo maligno da doença. A dor na região também é bastante frequente, junto com os outros sintomas supracitados e inclusive pode ocorrer alguns transtornos psicológicos e neurológicos devido a doença.

7) Tratamento para o câncer de garganta 

O tratamento para o câncer de garganta depende muito do grau da doença e do tamanho do tumor. Esses tratamentos são feitos “sob medida“ e varia de paciente para paciente. Os mais comuns são: as cirurgias, a radioterapia, a quimioterapia, terapia de prótons, terapias específicas e ensaios clínicos.

  • As cirurgias para a retirada do tumor maligno da laringe podem ser realizadas via endoscopia, laser ou por meio de robôs, tudo isso para permitir que ela afete o menos possível a deglutição e a fala.
  • A Quimioterapia é usada para diminuir ou matar as células do câncer e é usada frequentemente com as terapias, que são muitas.
  • A terapia da radiação, por exemplo, envolve a colocação de grânulos radioativos perto do tumor. A Terapia de prótons é feita aplicando-se uma dose de radiação diretamente no tumor, sem prejudicar o tecido mais próximo.
  • Há também as terapias específicas e os ensaios clínicos. Nesses são usadas drogas experimentais e o resultado não é garantido e naqueles, são utilizados medicamentos específicos para impedir o crescimento da célula modificada.

8) Qual o índice de sobrevivência?

Como qualquer outro tipo de câncer, existem sim positivas chances de cura se o paciente descobrir a doença em estágios iniciais, que nesse caso, sobe para noventa por cento a chance de melhora total.

Se o câncer acabar se espalhando em volta dos tecidos e dos gânglios linfáticos da região da garganta, as chances de cura já caem para cerca de sessenta por cento e se a doença se espalhar por todo o corpo, aí já não existem mais chance de melhora e o que o paciente poderá fazer é utilizar-se de alguns tratamentos para prolongar e melhorar sua qualidade de vida.

Em alguns casos, certos indivíduos acabam perdendo a capacidade de se alimentar pela boca, tendo que fazer isso através de um tubo, mas a porcentagem é de apenas cinco por cento dos atingidos pela doença. E além disso, após o tratamento, algumas pessoas ainda precisa fazer terapia para conseguir voltar a engolir e falar normalmente.

Por isso é tão importante sempre estar atento aos sinais que o nosso corpo dá, e que provavelmente pode estar indicando algo mais grave. Então, se você notar que está com alguns dos sintomas apresentados neste artigo, por um período frequente de no mínimo quinze dias, deve ir atrás de um profissional para avaliar o seu caso.

A falta de ar é sinal de que a situação já está complicada e você deve buscar um médico de imediato. Lá com o profissional é que será feito a laringoscopia, exame completo que irá dar melhor visualização da região da laringe e melhor precisão sobre a verdadeira situação da sua saúde. Cuide-se!

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