Mato Grosso
FESMP-MT debaterá a visibilidade de crianças e adolescentes aptos à adoção por meio das novas tecnologias
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A Escola Superior do Ministério Público (FESMP-MT) realizará um debate –
em data a ser agendada – sobre a visibilidade das crianças e
adolescentes aptos à adoção por meio de novas tecnologias. No Dia
Nacional da Adoção (25 de maio), o diretor e promotor de Justiça Joelson
de Campos Maciel destaca a necessidade de suscitar questionamentos
sérios e aprofundados a respeito.
“A sociedade precisa ser esclarecida da importância de dar visibilidade
às crianças num mundo guiado pela tecnologia, onde só tem valor quem tem
utilidade econômica. Às vezes, um cachimbo é só um cachimbo, como diria
Freud (pai da Psicanálise). Ou seja, as pessoas querem ver o que não
existe”, pontuou.
Tempo de apaziguamento
Para o professor da Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande (MS)
e pós-doutor em Estudos Culturais, Josemar de Campos Maciel, o ponto
fundamental é tornar a visibilidade um tema para debates.
“As crianças não estavam sendo expostas, nem como escravos e nem como
pets para serem adotadas. Elas já estavam num processo e o ponto chave
era dar visibilidade a uma questão para a qual a sociedade brasileira é
insensível. Parecia haver uma batalha interinstitucional totalmente
desnecessária. Infelizmente, houve deturpação de imagens e informações
que criou um debate que não existe. Este é um momento em que a sociedade
precisa de cura, de lenitivo, de tranquilidade, de apaziguamento e não
de mais lenha na fogueira”.
Josemar Maciel é mestre em Psicologia pela Universidade Católica Dom
Bosco (1999) e em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade
Gregoriana de Roma (1993); doutor em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica de Campinas (2004). É professor orientador do
Mestrado em Desenvolvimento Local, Programa Master em Desenvolvimento
Territorial Sustentável (Master STEDE) Erasmus Mundus/Erasmus Plus e
Licenciatura em Filosofia.
A polêmica
A ideia do debate surgiu a partir da polêmica provocada com o II Desfile
Adoção na Passarela realizado pela Associação de Pesquisa e Apoio à
Adoção (Ampara) e a Comissão da Infância e Juventude da OAB-MT em um
shopping de Cuiabá, com autorização judicial.
Conforme os organizadores, as crianças e adolescentes foram consultados,
desfilaram acompanhados de adultos e a ideia era estimular a “adoção
tardia”, ou seja, dar visibilidade aos maiores de cinco anos e que ficam
mais tempo nas Casas Lares por não preencher o perfil da maioria dos
pretendentes à adoção.
A Escola Superior do MPMT manifestou-se a respeito. Leia mais no link:
Elas só existem se forem vistas através das lentes da tecnologia
http://www.fundacaoescola.org.
Números
Segundo o Cadastro Nacional da Adoção (CNA), até o dia 23 de maio, havia
45.997 pretendentes e 9.526 crianças aptas para adoção no Brasil. Entre
os pretendentes, apenas 6,6% incluem a possibilidade de adotar crianças
acima de 8 anos. Contudo, das crianças aptas, 5.586 possuem idade entre
9 e 17 anos, o que representa 58,6% do total de crianças cadastradas.
“O outro pode ter razão” (Hans-Georg Gadamer), do livro Verdade e
Método.
Assessoria de Imprensa FESMP
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