Rondônia
Mulheres de Fibra: Projeto quer fazer a diferença na vida de mulheres vítimas de violência em Cacoal e região
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Fomentar nas mulheres vítimas de violência doméstica o desejo de independência e de uma vida melhor! Este é o objetivo principal do projeto “Mulheres de Fibra”, desenvolvido e coordenado pelos policiais militares da Patrulha Maria da Penha do 4º Batalhão de Cacoal.
Em contato direto com cerca de 130 mulheres que possuem medidas protetivas contra seus agressores e estão sob a fiscalização da Patrulha Maria da Penha, os policiais viram a necessidade de proteger de forma integral as vítimas, não apenas mantendo longe seus agressores, mas oportunizando a elas, além do direito de ir e vir, o direito de trabalhar, de estudar, de ter uma vida.
“Muitas mulheres nem denunciam os seus agressores por depender financeiramente deles. Vivem da renda do agressor, na casa do agressor, e por isso se submetem a esse tipo de situação, pois entendem que, sem eles, elas não conseguiriam se manter. Simplesmente se tornam reféns das agressões”, explica a Sargento PM Juliane Lorenzon.
É exatamente por isso que o projeto tem como missão oportunizar uma mudança de vida às mulheres vítimas de agressão, através da qualificação profissional, buscando espaço no mercado de trabalho, apoio jurídico, psicológico e ainda atendimentos de saúde.
“O projeto quer orientar essas mulheres quanto à sua inserção no mercado de trabalho, após passar por um acompanhamento psicológico, por profissionalização, ou capacitação da atividade para a qual já tem vocação. Queremos que essa mulher esteja apta e tenha espaço para prover o seu sustento e de seus filhos, dentro da proporcionalidade”, explica o comandante do 4º BPM, Major PM José Carlos França.
Coordenado pelo 4º Batalhão de Polícia Militar, o projeto “Mulheres de Fibra” tem entre os apoiadores, a Defensoria Pública, a Delegacia da Mulher, o Ministério Público, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), a Ordem dos Advogados do Brasil/ Subseção de Cacoal, o Conselho da Mulher e ainda diversos comerciantes parceiros.
“Queremos oferecer cursos, aumentar a inserção no mercado de trabalho e também promover a elevação da autoestima, para que essa mulher sinta que está preparada para escrever a própria história. Temos muitos apoiadores e agradecemos por isso. Agora queremos despertar nas mulheres vítimas de agressão esse desejo de mudança, de independência. Elas são a razão deste projeto e serão nossas multiplicadoras”, concluiu a coordenadora do projeto “Mulheres de Fibra”, Sargento PM Lorenzon.