Aripuanã
Sindicato classifica fechamento de cadeia de Aripuanã como “imatura e precipitada”
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“Imatura e precipitada”, classificou o Sindicato dos Investigadores de Polícia Civil de Mato Grosso (Sinpol-MT) sobre o fechamento da Cadeia Pública de Aripuanã (a 1.030 km de Cuiabá) no dia 5 de maio. Em nota, o sindicato, comandado por Edleusa Mesquita, avalia que a criminalidade tende a aumentar. “O Estado não provê as condições mínimas de trabalho à polícia”, critica.
A Cadeia Pública de Aripuanã foi desativada sob argumento de falta de recursos. Os presos da unidade foram transferidos para prisões em Juína e Colniza. Para os policiais, o Governo tentou resolver um problema, mas acabou criando outros “de igual ou maior gravidade”.
Reclamam também que o efetivo de investigadores é muito reduzido frente ao mínimo necessário para garantir a segurança da população. O Sinpol promete tomar as medidas cabíveis para melhorar as condições de trabalho dos investigadores de Aripuanã. “Esta situação é agravada pela localização geográfica da cidade, que fica a 150 quilômetros de Colniza e a 258 quilômetros de Juína. Como a ligação é por estrada de chão, muitas vezes conduzir um preso para Colniza ou Juína demora até cinco horas, principalmente em época de chuva, quando a trafegabilidade é muito precária. O município também não conta com juiz e nem tampouco há delegado na delegacia de lá”, completa o sindicato.
O fator distância também é endossado pelo prefeito do município, Jonas Canarinho. “A mais perto, em Colniza, fica a três horas de distância, principalmente em períodos de chuva”. Par o gestor, o fechamento traz graves prejuízos a cidade. Ele salienta ainda os crimes cresceram nos últimos meses e, por isso, o funcionamento da unidade se faz importante.