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Polícia investiga ao menos 10 tentativas de clonagem de WhatsApp, em Porto Velho


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Nos últimos meses foram registradas cerca de 10 ocorrências policiais na 2ª Delegacia de Porto Velho denunciando o golpe de clonagem do aplicativo WhatsApp, que tem sido bastante praticado por criminosos, segundo apurou a delegada Keity Mota Soares. Os golpistas se passam por conhecidos dos usuários e solicitam dinheiro. 

A delegada explica que a maior parte das ocorrências é de tentativa, que é quando o criminoso não consegue ter êxito no golpe. “As vítimas não caíram no golpe porque elas tiveram o cuidado de verificar a identidade da pessoa que estava solicitando, mas já houve casos de pessoas que infelizmente acabaram caindo no golpe”, explicou Keity Mota. 

Em um dos casos registrados na delegacia, o criminoso conseguiu clonar o WhatsApp de um advogado, teve acesso aos contatos dele e começou a pedir R$ 3 mil de casa. “Mas os amigos da vítima desconfiaram, ligaram para ele, se certificaram e constataram que se tratava de um golpe”, disse a delegada. 

Keity Mota destaca a importância do registro da ocorrência para ajudar nas investigações da Polícia. “Registre sempre uma ocorrência, mesmo que não tenha sofrido prejuízo financeiro. Só assim a gente vai conseguir saber os tipos de golpe que estão acontecendo para que os investigadores consigam se atualizar nas investigações”, destacou a delegada. 

Polícia investiga ao menos 10 tentativas de clonagem de WhatsApp, em Porto Velho

Como agem os golpistas
De acordo com a delegada, os golpistas obtêm dados da vítima por meio de uma conta de telefone em um anúncio, por exemplo, no aplicativo de venda OLX disponibilizado pela vítima para contato. Em seguida, o criminoso envia uma mensagem para a vítima se passando por representante de uma empresa de comércio eletrônico e solicita dados cadastrais, para isso requer o fornecimento de seis dígitos, repassados via SMS.

Sem saber que está caindo em um golpe, a vítima envia o código do usuário para o criminoso e com isso, ele consegue instalar o WhatsApp em outro aparelho celular. O golpista tem acesso aos dados e contatos da agenda telefônica da vítima, além de conversas salvas em backup. 

Com os dados em mãos, o estelionatário entra em contato com familiares e amigos da vítima se passando por ela e solicita dinheiro emprestado a ser transferido para a conta de terceiros. “Desconfie se um de seus contatos estiver pedindo dinheiro ou cobrando dividas. Certifique-se entrando em contato com a pessoa por outra via sem ser virtual.”, alertou Keity Mota. 

Se identificado, o criminoso irá responder pelo crime de estelionato com a pena de 1 a 5 anos de detenção. 

Dicas de segurança 
A delegada orienta a população que ative a verificação dos WhatsApp em duas etapas nas configurações do seu aplicativo. 

Para ativar, o usuário entra na configuração do aplicativo, clica na opção ajustes, conta e em configuração em duas etapas. Será solicitada uma senha de seis dígitos. Caso necessário, a reinstalação do aplicativo será solicitada esta senha evitando que terceiros de apropriem de seus dados.

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