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Chanceler da Rússia Sergey Lavrov adverte EUA sobre ‘passos agressivos’ na Venezuela


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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, voltou a criticar nesta quarta-feira (1º) o que chama de influência dos Estados Unidos na crise venezuelana. Pelo telefone, o chanceler russo disse a Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, que os EUA terão “graves consequências” se continuar a dar “passos agressivos” na Venezuela.

Conselho de Segurança dos EUA se reúne para discutir situação na Venezuela
Jornal GloboNews Edição das 16h

Conselho de Segurança dos EUA se reúne para discutir situação na Venezuela

“Só o povo venezuelano tem o direito de determinar seu destino, razão pela qual é necessário um diálogo entre todas as forças políticas do país, que é o que há muito tempo pede o governo”, disse Lavrov de acordo com o comunicado.

Lavrov ressaltou que “a destrutiva ingerência exterior, mais ainda com o uso da força, não tem nada em comum com os processos democráticos”.

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, em foto de janeiro — Foto: Maxim Shemetov/Reuters

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, em foto de janeiro — Foto: Maxim Shemetov/Reuters

Segundo a agência EFE, o chefe da diplomacia russa denunciou que “a ingerência de Washington nos assuntos internos de um país soberano e as ameaças a seus dirigentes são uma grosseira violação do direito internacional”.

A Venezuela voltou a atrair atenções do mundo depois do acirramento da crise na terça-feira, quando Guaidó convocou manifestantes com a alegação de que havia conquistado apoio dos militares – o que o regime chavista negou. Houve confrontos com dezenas de feridos, principalmente na capital Caracas.

O que os EUA responderam?

Secretário de Estado americano Mike Pompeo, em foto de abril — Foto: Patrick Semansky/AP

Secretário de Estado americano Mike Pompeo, em foto de abril — Foto: Patrick Semansky/AP

Os dois representantes se telefonaram a pedido de Pompeo. Enquanto a Rússia acusa os Estados Unidos de ingerência na crise na Venezuela, o secretário norte-americano afirma que o governo russo trabalha a favor do regime de Nicolás Maduro.

Pompeo, inclusive, afirmou a uma emissora norte-americana que o chavista estava pronto para deixar a Venezuela rumo à Rússia na terça-feira. O governo russo e o regime Maduro negaram essa versão.

A tensão do lado norte-americano ainda aumentou porque Pompeu disse, nesta quarta-feira, que há a possibilidade de Washington recorrer a uma ação militar para destituir Nicolás Maduro “se necessário”.

‘Planejamento exaustivo’

O governo americano tem sido aliado importante de Juan Guaidó contra Nicolás Maduro na Venezuela — Foto: Reuters

O governo americano tem sido aliado importante de Juan Guaidó contra Nicolás Maduro na Venezuela — Foto: Reuters

“Estamos trabalhando isto como um todo no governo, e quando as pessoas falam que todas as opções estão sobre a mesa, elas literalmente estão. Mas trabalhamos isso mais diplomaticamente e economicamente para impor pressão”, disse Shanahan em audiência no comitê de verbas da Câmara dos Deputados, de acordo com a agência Reuters.

“Fizemos planejamento exaustivo, então não há uma situação ou cenário para o qual não tenhamos contingência”, acrescentou.

Novos protestos na Venezuela

Montagem com fotos de protestos de opositores e chavistas nesta quarta (1º) — Foto: Federico Parra/AFP; Yuri Cortez/AFP

Montagem com fotos de protestos de opositores e chavistas nesta quarta (1º) — Foto: Federico Parra/AFP; Yuri Cortez/AFP

Opositores de Maduro voltaram às ruas nesta quarta-feira, Dia do Trabalhador, atendendo convocação do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, que discursou em Caracas e defendeu a realização de protestos diários no que denomina “Operação Liberdade” para tirar os chavistas do poder.

“Todos os dias vamos ter ações de protesto até obter a liberdade. Vamos insistir até conquistar nosso objetivo”, disse.

Juan Guaidó discursa em Caracas — Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins

Juan Guaidó discursa em Caracas — Foto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins

Guaidó também afirmou que é necessário continuar tentando ganhar mais apoio dos militares. “Faltam peças importante, as Forças Armadas, e temos que continuar falando com eles. Ficou claro que nos ouvem”, disse. “Temos que reconhecer, ontem não foram suficientes”, admitiu, referindo-se à tentativa de levante que conduziu nesta terça.

“Não estamos pedindo enfrentamento entre irmãos, ao contrário, que se ponham ao lado de todo o povo”, afirmou. Por volta das 11h30 (hora de Brasília), já havia relatos em redes sociais de repressão das forças de segurança contra a oposição.

Nova etapa da Crise na Venezuela — Foto: Juliane Souza/G1

Nova etapa da Crise na Venezuela — Foto: Juliane Souza/G1

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