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Privação de sono causa desgaste maior do que a insônia; entenda diferenças e veja dicas


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Dormir mal pode atrapalhar a rotina de qualquer pessoa, em diferentes fases da vida. A falta de sono faz com que a pessoa fique preocupada, gerando estresse e ansiedade. Entre os problemas que atrapalham o sono estão a insônia e a privação de sono. Mas qual a diferença?

O neurologista Leonardo Goulart explica que a privação de sono é a síndrome do sono insuficiente. É a doença mais comum na humanidade. A falta de sono acontece por comportamento, por estilo de vida. “É aquela pessoa que precisa acordar às quatro da manhã para trabalhar e só vai conseguir dormir às 22h, ou do trabalhador noturno”.

As pessoas que não dormem o suficiente sentem falta de energia para as tarefas diárias, ficam deprimidas ou irritadiças, queixam-se de dificuldade de concentração, apresentam maior frequência de doenças infecciosas e envelhecem mais rapidamente.

Os sintomas da privação de sono e insônia são os mesmos:

Iniciais

  • Sonolência
  • Cansaço, falta de energia
  • Piora de memória
  • Irritabilidade, impulsividade
  • Falta de atenção e concentração
  • Redução da capacidade de tomada de decisão

Médio e longo prazo

  1. Riscos de doenças cardiovasculares
  2. Ganho de peso
  3. Risco de AVC
  4. Depressão, ansiedade e outros problemas mentais
  5. Pressão alta
  6. Déficit de memória

Mas a insônia tem algumas características, que podem aparecer combinadas ou juntas: durante à noite, a pessoa sente dificuldade em iniciar o sono; dificuldade para manter o sono; acaba despertando antes do horário desejado e não consegue mais dormir.

Já durante o dia, sente fadiga, cansaço, dificuldade de concentração/atenção, memória, irritabilidade, angústia, tristeza, falta de motivação, energia ou iniciativa, piora da performance no trabalho, interação social ou familiar, tendência a acidentes e preocupação excessiva com o sono.

Quando a insônia se torna crônica?

A insônia crônica é quando a pessoa tem uma dessas combinações por, no mínimo, dois meses, mais de três dias por semana. Alguns fatores podem aumentar o risco de uma pessoa ter insônia crônica, como antecedentes familiares, tendência a se preocupar, tendência a ansiedade ou depressão, tendência a olhar mais o lado negativo das coisas.

A insônia aguda é circunstancial e faz parte da vida. É causada por uma preocupação pontual e as dificuldades para dormir desaparecem antes dos três meses.

Diferenças entre insônia e privação de sono

Na insônia a pessoa tem tempo disponível para dormir, mas não consegue. E isto gera ansiedade, que é um fator que causa insônia. Já a privação de sono é diferente, a pessoa dorme menos do que precisa.

Noites melhores

Alguns fatores que contribuem para uma boa noite de sono é ter um ambiente escuro, a queda de temperatura do corpo e a secreção da melatonina, hormônio que induz o sono. Mas existem também alguns alimentos que podem ajudar a pegar no sono, como o chá de camomila, o suco de maracujá.

Para quem tem dificuldades para dormir, é importante evitar café, exercícios físicos, computador e muita luz antes de se deitar. A alimentação deve ser mais leve, com carboidratos, leites e derivados e até mesmo carnes, que podem ajudar a induzir o sono.

O que faz bem para o sono? Organizar o tempo, deitar sempre no mesmo horário, fazer atividade física, reservar um tempo para cuidar de si e não cochilar em outros horários do dia.

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