Acre
Carta que saiu de presídio ordena execução de 9 agentes no AC; suspeito é identificado
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A Polícia Civil do Acre apreendeu uma carta que ordenava a execução de nove agentes penitenciários de Sena Madureira, interior do Acre. Willias Kennedy Sampaio Marinho, de 27 anos, que cumpre pena na Penitenciária Evaristo de Moraes, foi identificado como o autor da carta, segundo a polícia.
O suspeito foi identificado após investigação da Polícia Civil, que cumpriu mandado de busca e apreensão, no dia 17 de abril, na casa de Carine Lima de Oliveira, de 19 anos, onde foi encontrada a carta que continha os nomes dos agentes que seriam executados.
Segundo a polícia, Carine é mulher de Marinho e pegou a carta durante uma visita no presídio da cidade. Ela foi presa e deve responder por promover organização criminosa.
“Tinha uma investigação há certo tempo, foi feito um pedido de busca e apreensão e encontramos essa carta. Ele escreveu a carta, ela foi visitá-lo e pegou. Repassaria para o pessoal da organização criminosa”, explicou o delegado Marcos Frank.
Willias Kennedy teria assinado carta com ordem para matar agentes penitenciários. — Foto: Divulgação PC/AC
‘Atacar na rua’
Na carta, Marinho pede ajuda aos ‘irmãos’, urgentemente porque os presos estariam sendo maltratados e humilhados. Segundo a carta, os presos são levados para o corretivo ‘sem motivos’ e por qualquer ‘coisa’ são atingidos por balas de borracha e bombas de efeito moral.
“Precisamos dar uma resposta urgente meus irmãos. Temos que atacar matando eles na rua porque estão desacreditando mesmo (sic)”, afirmou.
Em outro trecho da carta, Marinho diz que quer parar a unidade para chamar atenção das autoridades.
“Venho pedir em nome de todos os irmãos, amigos e companheiros que aqui se encontram uma resposta aí dos irmãos que se encontram na rua. Quero que nossa liderança dê atenção pra nois (sic), meus irmãos, porque não está nada legal sendo oprimidos”, acusou.
Frank contou que o suspeito está preso por tráfico de drogas e organização criminosa, sendo que já foi condenado por um dos crimes. “Tentamos evitar que o plano fosse pra frente. Não foi identificado mais ninguém”, frisou.