Saúde
Conheça as 5 doenças mais comuns na infância
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Ter filhos é uma aventura e tanto! Especialmente para os papais e mamães de primeira viagem, que estão cuidando de um pequeno bebê pela primeira vez e sentem-se constantemente inundados por um mar de inseguranças e dúvidas. A responsabilidade de cuidar de uma criança é muito grande e, sabendo disso, é normal que os pais sejam muito exigentes consigo mesmos – sempre se questionando se estão realmente fazendo um bom trabalho ou se estão deixando a desejar na criação dos filhos.
Quando a criança fica doente, a cobrança é ainda maior! Nos primeiros sinais de que alguma doença está chegando, já nasce o sentimento de culpa nos papais – “Por que não coloquei mais um casaco no bebê?”, “Não deveria tê-lo deixado brincar naquele lugar”, “Será que não estou alimentando-o direito?”, e outros mil pensamentos de preocupação e arrependimento logo aparecem.
Papais e mamães, fiquem tranquilos: vocês estão fazendo um ótimo trabalho! A verdade é que as crianças (especialmente no período da primeira infância) ainda estão se adaptando a este novo mundo que as rodeia. Este processo de obtenção de anticorpos deixa os pequenos vulneráveis a doenças que dificilmente são vistas em adultos. Mas mantenha a calma: este processo é completamente normal! Não significa qualquer indício de negligência e ainda é muito importante para o crescimento e fortalecimento de seu filho.
Para tranquilizar o coração dos pais, preparamos uma lista com as 5 doenças mais comuns no período da infância. Conheça suas causas, sintomas e tratamentos:
CATAPORA
Dificilmente alguma criança atravessa a primeira infância sem passar pela catapora. Também conhecida como varicela, a catapora é uma infecção viral provocada pelo vírus Varicela-zoster. É muito mais incidente em crianças e no período entre inverno e primavera. Uma vez que a catapora é contraída, a criança torna-se imune. O contágio é muito fácil, e se dá pelo contato com saliva contaminada (através de espirro/tosse) ou pelo contato direto com o líquido das bolhas que se formam pelo corpo. Por ser altamente contagiosa, recomenda-se afastamento da criança dos meios de convívio social por cerca de 7 dias, a partir do momento em que as lesões comecem a aparecer e até que estejam cicatrizadas.
Além das bolhas e lesões vermelhas na pele, a catapora também causa febre baixa, cansaço, perda de apetite, mal-estar e irritação na criança. Quando começam a cicatrizar, as lesões causam muita coceira – é essencial que os adultos monitorem os pequenos nesta fase, para que não ocorram infecções decorrentes das bactérias presentes nas unhas. Assim que a catapora der os primeiros sinais, encaminhe a criança a uma consulta médica, para que seja avaliada a gravidade do quadro e o tratamento mais adequado. Em geral, o tratamento é sintomático (para alívio dos sintomas), e envolve analgésicos (para amenizar as dores), antitérmicos (para controlar a febre) e antialérgicos (para aliviar a coceira). Ainda tratando da coceira, compressas de água fria podem trazer conforto à criança. A higiene do corpo deve ser feita apenas com água e sabão e com muita delicadeza, para não machucar as lesões.
CAXUMBA
Também infecção viral, a caxumba é provocada pelo vírus Paramyxovirus e seu contágio é igualmente feito através do contato com secreções das vias aéreas (espirro/tosse) da pessoa infectada. Causa inflamação nas glândulas parótida, submaxilares e sublinguais, e dificilmente ocorrem novos episódios de caxumba nos indivíduos que já contraíram a doença alguma vez. É muito mais comum entre a população infantil – mas quando ocorre em adultos, as complicações costumam ser mais severas.
O principal sintoma de caxumba está no grande inchaço e dor na região abaixo da mandíbula, mas também há ocorrência de febre, mal-estar e dor muscular ao engolir. O tratamento consiste, basicamente, em esperar a caxumba ir embora: trata-se de uma doença autolimitada, que “se cura sozinha”, deixando o corpo imune. Neste período, recomenda-se repouso intenso, para que o corpo concentre as energias em recuperar seu estado regular de saúde. Medicamentos podem ser administrados de maneira sintomática – analgésicos e antitérmicos são indicados para alívio dos casos onde os sintomas são intensos.
SARAMPO
O sarampo é mais uma das infecções virais comuns entre os pequenos. Causado pelo vírus Morbillivirus, o sarampo é igualmente transmitido via secreções mucosas dos indivíduos contaminados (principalmente por gotículas de saliva, expelidas durante a fala, o espirro ou a tosse). Também é altamente contagioso – especialmente entre a população infantil, que possui o hábito de levar mãos e objetos à boca com frequência -, e recomenda-se suspensão das idas à escola e aos demais ambientes públicos até o quarto dia após o surgimento das erupções vermelhas na pele.
Além das erupções (que iniciam na cabeça e progridem em direção aos pés), o sarampo conta com sintomas como manchas brancas na região das bochechas, conjuntivite, coriza, febre, tosse e cansaço generalizado. Como também é uma doença autolimitada, novamente temos tratamentos sintomáticos: antitérmicos e analgésicos quando necessário, e recomenda-se constante ingestão de água, alimentação leve e higienização dos olhos com soro fisiológico. O sarampo é uma doença potencialmente grave, principalmente para gestantes e crianças com desnutrição, o que torna a vacinação muito importante. A vacina para sarampo faz parte do Programa Nacional de Imunização, e é oferecida gratuitamente para crianças entre 1 e 5 anos de idade.
RUBÉOLA
A rubéola conclui o quarteto de infecções virais mais recorrentes na primeira infância – catapora, caxumba, sarampo e rubéola. Provocada pelo Togavirus, a rubéola costuma ser tratada como doença de poucas complicações entre os pacientes infantis – entretanto, representa um grande risco para as pacientes gestantes, podendo causar cegueira, surdez, retardo mental e malformações no coração do feto. Sua transmissão também ocorre por vias respiratórias, através do contato com as secreções nasais e da garganta.
Diferente das demais infecções virais comuns entre as crianças, a rubéola não apresenta erupções com bolhas ou feridas na pele, mas sim manchas vermelhas pouco espaçadas, que formam uma “estampa” sobre toda pele do indivíduo. As manchas são acompanhadas de sintomas similares aos da gripe: dor de cabeça, cansaço, febre baixa, coriza, dores no corpo e aparecimento de ínguas. Em alguns casos, as manchas não aparecem e a rubéola passa despercebida, confundida com um resfriado. Como também é uma doença autolimitada, o tratamento é novamente sintomático, sempre acompanhado de muito repouso. A vacina é eficaz em quase 100% dos casos e deve ser aplicada em crianças por volta dos 15 meses de idade e em mulheres que pretendem engravidar mas que não contraíram a doença durante a infância.
OTITE
A famosa “dor de ouvido” é extremamente comum entre bebês de até 3 anos de idade. A otite é uma inflamação no ouvido médio (espaço atrás do tímpano), que geralmente tem origem em uma infecção na garganta. As bactérias e vírus desta infecção prévia provocam acúmulo de mucosidades (como o catarro), e a otite é desencadeada pela migração destes agentes para o ouvido médio, onde provocam o acúmulo de pus e fluídos que pressionam o tímpano e provocam dor aguda e comprometimento da audição integral da criança.
Mais incidente nos meses frios, a otite causa vários outros sintomas além da dor intensa: febre, perda de apetite, dificuldade para dormir, náuseas e, em alguns casos, presença de fluídos saindo do ouvido. Como o desconforto é grande, é comum que as crianças levem as mãos aos ouvidos quando estão com otite. Diante da suspeita de otite, leve a criança à consulta médica o mais rápido possível. Tratamentos com antibióticos ou anti-inflamatórios costumam ser eficazes, e gotas analgésicas podem ser uma boa opção para aliviar a dor.