Cuiabá-MT
Onze bairros têm alta infestação do mosquito da dengue, zika e chikungunya
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Neste ano, entre 07 a 11 de janeiro, Cuiabá registrou uma redução de 44,6% no índice de infestação predial (IIP) se comparado ao mesmo período do ano passado. Contudo, 11 bairros da capital apresentam alta infestação, a incidência variando de 8,0 a 15,9, conforme Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgado quatro vezes por ano para avaliação do risco de transmissão do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikngunya.
Na capital, os bairros com alto “IIP” são o 1º de Março, Altos da Glória, Nova Canaã I, Jardim Umuarama, Pedra 90 I, Pedra 90 II, Voluntários da Pátria, Jardim Gramado, Parque Atalaia, Novo Terceiro e Santa Isabel. Para conter o avanço, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que o combate ao mosquito Aedes tem sido uma luta constante da prefeitura.
Conforme a SMS, o primeiro LIRAa de 2019 foi realizado no período de 7 a 11 de janeiro, no qual foram inspecionados 11,1 mil imóveis agrupados em 26 estratos (cada estrato corresponde a 12 mil imóveis), de acordo com as normas do Ministério da Saúde (MS). “Os números do LIRAa neste começo de ano apontam uma situação de alto risco para transmissão e epidemia de dengue, zika vírus e chikungunya”, alertou a SMS.
O índice de infestação predial do município teve variações de 2,2 a 14,6. Na pesquisa, 15,4% dos estratos estão em situação de alto risco (8,0 a 15,9), 61,6% em risco (4,0 a 7,9) e 23 % em alerta (1,0 a 3,99), segundo categorização estabelecida pelo Ministério da Saúde. Ao comparar os resultados de 2019 com os do mesmo período em 2018, pode-se observar uma redução de 44,6% no IIP geral do município.
\”Foram registrados índices de risco nos mesmos estratos do ano passado, o que significa a possibilidade de transmissão das doenças relacionadas ao vetor Aedes aegypti, como a doença do chikungunya, cujas sequelas comprometem a qualidade de vida do paciente e geram um forte impacto nas relações trabalhistas\”, explica Moema Blatt, gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
A situação das doenças causadas pelo Aedes é registrada semanalmente em boletim, encaminhado pela Diretoria de Vigilância em Saúde (Divisa) aos setores relacionados ao combate do mosquito e prevenção e atendimento aos pacientes vítimas deste vetor. Em relação ao cenário nacional, a gestora adverte que alertas têm sido emitidos sobre a recirculação do sorotipo DENV2, nos quais destacam-se os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Santa Catarina, que constituem destinos turísticos na estação das férias escolares. \”Este sorotipo produz quadros mais graves e de alta letalidade e pela lacuna temporal desde o último registro de casos pelo DENV2, em 2009, temos uma população não imune e, portanto, susceptível a adquirir a doença\”, alertou Moema Blatt.
Uma das estratégias que a Vigilância de Zoonoses propõe para o combate ao mosquito é que a população realize a limpeza de criadouros, em casa e no trabalho, ação que leva apenas 10 minutos por semana. \”Agindo uma vez por semana a população interfere no desenvolvimento do vetor, cujo ciclo de vida da postura do ovo ao adulto, leva de 7 a 10 dias\”, ensina Alessandra Carvalho, coordenadora da Vigilância de Zoonoses.