A decisão foi tomada na quarta-feira (06), pela Vara de Delitos de Drogas e Acidentes de Trânsito da Comarca de Rio Branco e assinado pela Juíza Maria Rosiane dos Reis Silva. A partir desta data,Diego Felipe Mores, acusado de ter matado dois jovens em um acidente de trânsito ocorrido no dia 19 de maio deste ano, na BR-364, já pode voltar pra casa e responder pelos crimes de homicídio na Comarca de Joinville, em Santa Catarina.
De acordo com a decisão, o acusado tem residência fixa no estado e portanto preenche os requisitos impostos pela justiça para que cumpra as medidas cautelares naquele estado, entre elas, o comparecimento mensal em juízo, a suspensão do direito de dirigir veículo automotor, bem como a proibição de se ausentar da Comarca de Joinville sem autorização judicial.
Os familiares das vítimas estão revoltados com a decisão da justiça. No último domingo (03), após saberem do pedido feito por Diego, eles realizaram uma caminhada pela paz no centro de Rio Branco com parada em frente ao Ministério Público, pedindo o indeferimento do pedido e na última segunda-feira (04), também foram recebidos pela promotoria do caso, para acompanhar se o crime pode ser convertido de homicídio culposo para doloso.
“As famílias estão indignadasm hoje é dia do aniversário do pai do Gilson e o que ele recebeu de presente da justiça foi deixar o assassino de seu filho ir para cas. Não vamos nos calar L, vamos continuar lutando por justiça”, disse Helena Rodrigues, tia de Gilson Teixeira.
Entenda o caso
Diego Felipe Mores é responsável pela morte dos jovens Israel Ériston Filgueira de Araújo e Gilson Teixeira Rodrigues, acontecida no dia 19 de maio deste ano em um acidente de trânsito no quilômetro 142 da BR-364, em Rio Branco.
Ele estaria em uma caminhonete usando a contramão e supostamente embriagado, quando colidiu violentamente contra a motocicleta em que vinha os jovens. Um deles morreu no local e e o outro chegou a ser socorrido por uma ambulância, mas, morreu durante o atendimento médico.
Diego chegou a fugir do local do crime, mas foi preso pela Polícia Militar e entregue na delegacia onde se recusou a fazer o teste do bafómetro. Ele acabou sendo indiciado por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Na audiência de custódia, ele foi liberado e respondia as medidas cautelares na capital em liberdade.