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CRM deve investigar realização de cirurgias e quimioterapia em pacientes sem câncer em hospital de MT


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O Conselho Regional de Medicina em Mato Grosso (CRM-MT) deve abrir uma sindicância para investigar a realização de cirurgias e sessões de quimioterapia em paciente sem câncer no Hospital Regional de Cáceres, a 220 km de Cuiabá. As supostas irregularidades constam em um relatório elaborado pela Auditoria Geral do Serviço Único de Saúde (SUS).

Foram analisados os atendimentos oncológicos realizados na unidade entre os anos de 2012 e 2017. À época, o hospital era administrado pela M.M.S Serviços de Saúde Ltda-EPP.

G1 tenta contato com os representantes da empresa.

Por meio de assessoria, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) afirmou que não irá se posicionar sobre o assunto, mas, informou que os contratos com a empresa não estão mais vigentes e são alvos de uma auditoria interna.

Foram analisados pela auditoria, o registro de 2.199 prontuários da área ambulatorial e hospitalar. Em alguns deles, a fiscalização encontrou suspeitas de irregularidades em atendimentos oncológicos.

De acordo com o relatório, a empresa teria realizado cirurgias oncológicas em pacientes cujos resultados de exames resultaram “em ausência de malignidade”, ou seja, não precisavam ser operados.

No ano de 2014, ano com o maior volume de tratamentos realizadas no hospital no período analisado, 140 das 338 cirurgias foram feitas em pacientes com ausência de malignidade.

O relatório apontou ainda registros de prescrições de sessões de quimioterapia em desacordo com o quantitativo financeiro de produção.

No ano de 2013, por exemplo, dos 194 pacientes submetidos a tratamento oncológico no hospital somente oito prontuários continham prescrições de quimioterapia. As prescrições correspondem a um total de 78 sessões.

Segundo o relatório, “esse quantitativo prescrito não corresponde a produtividade apresentada para cobrança pela empresa”.

Frequência de médicos

A auditoria também fiscalizou a frequência e a escala de médicos na unidade hospitalar.O resultado apontou que não foram encontradas as escalas de plantões nem os registros de frequência dos profissionais.

Ao todo, segundo o relatório foram pagos R$ 4,9 milhões sem cumprimento dos requisitos previstos nos contratos.

(G1)

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