Acre
Rio Juruá ultrapassa 13,30 metros e famílias começam a deixar casas no interior do Acre
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Abrigo deve ser montado em ginásio poliesportivo em Cruzeiro do Sul. Rio tem subido, em média, 1 cm por hora.
Com a subida do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, a Defesa Civil começou a remover algumas famílias de casa alagadas. Nesta terça-feira (5), no bairro da Várzea, várias casas foram atingidas e uma família precisou ser retirada. O rio atingiu 13,32 metros nesta terça.
Nas últimas 24 horas, o rio que banha cinco cidades acreanas e outras do Amazonas, subiu em média 1 cm por hora. Com a cheia, sete bairros já estão com a água invadindo as casas e a previsão é que o nível continue se elevando e chegue a cota de emergência, que é de 13,65m.
“Temos previsões que o rio vai subir ainda mais nos próximos dias e, se continuar nesse ritmo, em 48 horas chegamos a essa cota, considerada de emergência”, informou o coordenador da Defesa Civil, José Lima.
Depois da retirada de uma família, que teve o assoalho da casa coberto pela água, a prefeitura acionou todas as secretarias municipais, no início da tarde desta terça-feira, para definir as estratégias para dar apoio aos moradores que precisarem sair de casa.
Na reunião, foi definido que, assim como ocorreu em novembro do ano passado quando o manancial chegou aos 13,37 e desabrigou 19 famílias, será montado um ponto de atendimento aos moradores no porto da cidade.
A prefeitura também montou uma equipe formada por integrantes de todos os órgãos municipais para coordenar as ações de apoio às famílias.
De acordo com o prefeito em exercício, Zequinha Lima, as próximas famílias que forem retiradas de casas já serão encaminhadas para um abrigo montado em um ginásio esportivo e terão assistência por parte do município.
“Agora nossa estratégia é na prática, porque já estamos com as primeiras famílias precisando sair de casa e convocamos toda equipe da prefeitura para dividirmos os trabalhos. A partir de hoje [terça,5] já temos equipes retirando as pessoas das casas que serão levadas para o abrigo onde terão atenção na área de saúde, assistência social e serão atendidas com alimentação e tudo que estiver ao alcance da prefeitura”, garantiu Zequinha.
Segunda a Defesa Civil, mais de 4 mil famílias já estão afetadas com a cheia que invadiu os terrenos e, em alguns bairros, já está chegando ao assoalho das moradias.
Em pelo menos três dessas comunidades, o fornecimento de energia elétrica foi suspensos para evitar o risco de acidentes para os moradores.