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Representantes de movimentos sociais, OAB e Sesp discutem conflitos em Colniza


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A situação atual na cidade é de tranquilidade e equipes especializadas, como a Rotam da Polícia Militar e o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Judiciária Civil, permanecem no município.

Os conflitos de terra em Colniza (1065 km a Noroeste) foram a pauta da reunião na manhã desta terça-feira (08.01) do secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, com representantes do Fórum Estadual de Direitos Humanos e da Terra, Conselho Estadual de Direitos Humanos, Movimento 13 de Outubro, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional de Mato Grosso.

“Nós recebemos os representantes das entidades que estão trabalhando na região e dissemos para eles no que diz a respeito da segurança, o que for possível e necessário vamos fazer. Nós já reforçamos o policiamento desde o incidente. O problema maior é o da terra. Não adianta tratar dos efeitos e não tratar a causa. Nossa ideia é tentar junto ao governador Mauro Mendes tratar a causa”, destacou Bustamante.

O secretário disse que o governador Mauro Mendes pediu uma análise apurada do caso e que ações em nível de estado podem ser tomadas para tratar sobre a causa do conflito de terras.

De acordo com informações das polícias, a situação atual na cidade é de tranquilidade e equipes especializadas como a Rotam da Polícia Militar e o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Judiciária Civil permanecem no município.

O coordenador do Fórum Estadual de Direitos Humanos e da Terra, Inácio Werner, disse que para combater o problema na região o Estado precisa se fazer presente não só na segurança pública, mas como um todo, com o Incra e Intermat.

Durante a reunião, ele sugeriu a criação de uma comissão para antecipar os conflitos de terra na região e assim evitar mortes no campo.

“Pedimos a presença do estado não só em termos de segurança, mas para resolver a posse da terra. Colniza é uma região onde tem essa violência pela disputa da posse da terra, se for apaziguada, terá mais segurança e redução da violência na região. Existe muita área devoluta e o estado precisa de uma ação nesse sentido. Essas terras precisam também ser destinadas para os povos que estão reivindicando terra na região, é uma questão importante”, frisou.

Um dos problemas apontados por Inácio Werner é que há décadas se cobra tanto do Incra quanto do Intermat um estudo sobre as áreas devolutas em Mato Grosso, em especial, na região de Colniza. “Não se sabe onde são áreas do estado ou da União e nas mãos de quem estão, porque tem áreas que forma demarcadas pelo estado do Amazonas, o que é ilegal. Que tipo de posse é verdadeira, quantas foram dadas fora da lei”.

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