Entre os anos de 2015 a 2018, mais de 1.400 pessoas foram assassinadas violentamente em todo o Estado do Acre. De acordo com levantamento feito por ac24horas e confirmado pela Secretaria de Segurança Pública, a maioria dessas mortes são de execuções ligadas a guerra entre as facções, especificamente entre o Primeiro Comando da Capital (PCC), em parceria com o Bonde dos 13, contra o Comando Vermelho, que nos últimos meses vem ganhando espaço no Estado como a principal organização criminosa.
Nesse período de quatro anos, o ano mais violento foi 2017 com 504 mortes violentas, sendo 323 confirmadas pelas autoridades como execuções. O segundo ano mais violento, foi o de 2018, que segundo dados da Sesp, registrou 392 mortes, sendo que 285 tidas como execuções. Já em 2016, foram registradas 350 mortes e em 2015, 160. Somando todas essas mortes e dividindo pelos quatro últimos, a média de mortes violentas no Acre fica na casa dos 351 por ano.
Em agosto do ano passado, o Acre foi destaque do Anuário da Segurança Pública, desenvolvido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, quando mostrou Rio Branco como a capital mais violenta do Brasil proporcionalmente. Em 2017, a taxa de homicídios na cidade foi de 83,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes. A capital acreana superou até mesmo cidades do Nordeste que há décadas não perdiam o status das mais violentas, como Maceió e Fortaleza.
De 2016 para 2017 o crescimento da taxa de mortes em Rio Branco foi de 35,5%. Entre os estados, Acre e Ceará também dividem o topo dos mais violentos do país. Assim como entre as capitais, o Acre supera o Ceará.
Em 2017, a taxa de homicídios acreano foi de 63,9 assassinatos para um conjunto de 100 mil habitantes –aumento de 41% na comparação com 2016. Essa elevação colocou o estado como o segundo mais perigoso entre os 27 pesquisados. O campeão foi o Rio Grande do Norte, com 68 homicídios para 100 mil moradores. A terceira posição é do Ceará – 59,1 assassinatos/100 mil.