Saúde
Grávidas ainda correm riscos com o zika vírus
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Mulheres grávidas ainda correm riscos com o zika vírus, por isso, a prevenção ainda é a melhor forma de garantir que os bebês nasçam saudáveis.
Em 2017, uma epidemia do zika vírus preocupou a população e fez com que o Brasil virasse notícia mundial. Passado esse período, as grávidas ainda correm riscos com o zika vírus e não podem se descuidar.
Ano passado, o país registrou mais de 17 mil casos da doença e esse ano foram mais de 7 mil suspeitas, sendo que 3.155 já foram confirmados. Dentre as gestantes, 383 análises deram positivo para a doença.
Regiões mais afetadas
A região que mais registra casos é o Sudeste, com 2.713 notificações, seguida pelo Nordeste, com 2.218 casos prováveis.
Apesar do número de registros ser maior nas regiões citadas, o Centro-oeste e Norte preocupam por conta dos casos por habitantes: 9,9 casos por 100 mil habitantes e 5 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Se olhar o Brasil de forma global, essa taxa é de 3,6 a cada 100 mil pessoas.
As áreas mais precárias e pobres são as maiores fontes de proliferação da doença e onde as grávidas ainda correm riscos com o zika vírus em maior escala.
Causas e diagnóstico
O acumulo de água e lixo nessas localidades são ideais para que o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, possa se reproduzir. Além do zika vírus, o mosquito pode ser transmitir outras doenças, como a dengue e chickungunya.
Apesar do Brasil já ter declarado que a epidemia acabou, a doença continua acontecendo em menor escala e ainda apresenta riscos.
O grande problema é que o diagnóstico da doença não é clínico, e é preciso realizar exames complementares, o que nem sempre ocorre pela ausência de sintomas ou por ser confundido com outras doenças como a gripe.
Para se ter uma ideia, a gripe apresenta como sintomas dores de cabeça, cansaço, tosse, nariz entupido, dores no corpo, de acordo com informações da EuroClinix.net. Eles podem ser confundidos com o zika vírus.
A doença não costuma causar problemas graves para os adultos, mas, em algumas situações pode causar complicações, principalmente quando o sistema imunológico está com baixa resistência, levando a pessoa à morte.
Quais os riscos do Zika vírus para as grávidas
As mulheres que querem engravidar devem consultar um médico antes porque é preciso ser aconselhada pelo período que se deve evitar visitar as áreas com alta risco de contração da doença.
Apesar de todos os efeitos do vírus não serem conhecidos nas gestantes, cerca de 1 a cada 20 mulheres que contraíram o zika durante a gestação tiveram filhos com má formação congênita. Quando a doença é adquirida no primeiro trimestre da gestação, os riscos de consequências para as crianças são maiores.
A grande preocupação é com a microcefalia, na qual as crianças nascem com a cabeça menor do que o normal e com o cérebro pouco desenvolvido.
Outras consequências ainda podem ser os problemas de audição, visão, dificuldade para se movimentar e convulsões em decorrência do sistema nervoso, que acaba afetado pelo zika vírus.
Outro problema é que o zika pode desencadear a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune que paralisa os nervos. Em muitos casos, ela pode ser revertida.
Existem ainda relatos de bebês que nasceram aparentemente saudáveis, mas que posteriormente começaram a apresentar problema de saúde em decorrência da mãe ter sido picada por um mosquito infectado durante a gestação.
A fim de identificar todas as possíveis consequências da doença e minimizar os seus impactos, estão sendo feitos estudos que acompanham e monitoram as crianças nos primeiros anos de vida.
Como se proteger do zika vírus
Enquanto não é descoberta uma vacina e a doença não é completamente erradicada, as futuras mamães precisam se cuidar e evitar a picada no mosquito transmissor ou o contágio por meio da relação sexual.
O local em que se vive deve estar limpo e livre de focos do mosquito que podem transmitir a doença. Vale chamar a atenção dos vizinhos para que façam o mesmo.
Nas casas, pode-se instalar telas de mosquiteiro que evitam a entrada dos mosquitos e trazem um pouco mais de tranquilidade para a gestante. Além disso, o uso de repelentes é bastante indicado, principalmente quando se frequenta locais próximos às matas.
A atenção em relação ao produto para repelir o mosquito exige atenção, sempre se deve seguir a orientação do fabricante para que ele continue a fazer efeito, realizando as reaplicações conforme recomendado.
Por fim, vale ressaltar que grávidas ainda correm riscos com o zika vírus, o que não significa que tem teve a doença terá uma criança com problema. Mas, para evitar qualquer imprevisto é sempre indicada a prevenção.