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Em Mato Grosso, 24% das vagas preenchidas são por médicos do PSF


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As 132 vagas de Mato Grosso que eram ocupadas pelos médicos cubanos pelo programa “Mais Médicos” já foram preenchidas. Porém, além da necessidade da validação do cadastro, 32 (24,2%) foram ocupadas por profissionais que já atuam no Programa da Saúde da Família (PSFs) dentro ou fora do Estado e buscam a migração para o “Mais Médico”, por meio do novo edital do programa federal lançado há uma semana pelo Ministério da Saúde (MS).

Com base em dados repassados pelo MS, a Secretaria de Estado de Saúde informou que do total de vagas, 24 (18,2%) foram preenchidas por profissionais que já atendiam em municípios mato-grossenses pelo PSF. Já oitos médicos (6%), são de outros estados, onde também já atuam pela estratégia da saúde da família.

Com isso, uma das preocupações das administrações municipais também se volta em manter a cobertura ou atendimento da atenção básica nos PSFs. Além disso, essas inscrições carecem de validação, o que pode ser feito até o próximo dia 14 dezembro.

Somente a partir daí, é que o Estado saberá realmente se todas as vagas foram ocupadas até por que o médico pode desistir. Não foi informado quantos cadastros foram validados até o momento e nem as cidades de origem dos médicos inscritos.

Atualmente, conforme a Secretaria da Saúde, existem ao todo 258 vagas para médicos, entre brasileiros e estrangeiros, pelo programa, no Estado. Do total, 132 eram ocupadas por cubanos distribuídos em 55 municípios mato-grossenses. Entres eles, estão Colniza (5 vagas), Cotriguaçu (2), Vila Bela da Santíssima Trindade (2), Nova Nazaré (1), Porto Espiridião (2) e Porto Estrela (1), todos classificados como de “extrema pobreza” no edital lançado pelo Ministério da Saúde para substituição dos cooperados.

A medida emergencial foi adotada pelo governo brasileiro para garantir a assistência em locais que contavam com profissionais de Cuba, mas que deixaram ou estão deixando o Brasil após o comunicado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no qual o governo cubano informou que encerrou a cooperação no programa.

Último balanço do Ministério da Saúde dava conta que praticamente todas as 8.517 vagas já haviam sido preenchidas. Até às 12 horas da última segunda-feira (26), 30.734 profissionais com registro (CRM) tinham se cadastrado. Apresentação ao município vai até 14 de dezembro.

Criado há cinco anos, o “Mais Médicos” ampliou à assistência na atenção básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 DSEIs, levando assistência para cerca de 63 milhões de brasileiros.

Os profissionais que integram o programa recebem bolsa-formação (atualmente no valor de R$ 11,8 mil) e uma ajuda de custo inicial entre R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento para o município de atuação. Além disso, todos têm a moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras.

Desde 2017, a pasta passou a reajustar o valor da bolsa anualmente aos médicos participantes, e concedeu, também, um acréscimo de 10% nos auxílios moradia e alimentação de profissionais alocados em DSEI.

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