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Álcool é a causa de morte de mais de 3 milhões de pessoas no mundo


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O último levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que o álcool mata mais de 3 milhões de pessoas a cada ano em todo o mundo, isto é, uma a cada 20 mortes é ocasionada pela bebida.

O levantamento ainda apontou que o consumo de bebidas alcoólicas mata mais que a AIDS, tuberculose e a violência. Além disso, o estudo revelou que entre jovens de 20 a 29 anos a taxa é de 13,5%.

O cenário no Brasil também é alarmante: o brasileiro ingere 7,8 litros. A média entre homens e mulheres é diferente. Eles consomem, em média, 13 litros, enquanto elas, 2,4 litros.

A psicóloga e terapeuta cognitivo-comportamental Helena Scatena alerta que o alcoolismo é uma doença crônica, que pode causar prejuízos físicos, psicológicos e sociais.

“Os danos psicológicos estão relacionados à dependência que se instala no momento em que o usuário coloca o consumo dessas bebidas como prioridade, deixando de lado relacionamentos, trabalho e outras atividades simples”, destacou a especialista.

Helena ainda informa que o consumo demasiado não prejudica apenas o dependente, mas as pessoas que o cercam em um todo. “Em termos sociais, prejudica não só o usuário, mas também os que estão ao seu redor, por meio de acidentes de trânsito, violência doméstica, afastamento dos familiares ou perda de emprego e de relacionamentos”, pontua.

A especialista enfatiza, portanto, que o álcool é uma das principais razões da destruição das famílias. “O consumo abusivo  pode deteriorar um lar. As relações também adoecem, pois os familiares se tornam co-dependentes por estarem emocionalmente vinculados ao membro dependente”, disse.

A atriz e produtora Jovenilia de Araujo, de 44 anos, sentiu na pele os efeitos do consumo da bebida. Segundo conta, ela começou a beber quando tinha apenas 16 anos, por influência dos amigos. Ela recorda que frequentava bares e baladas para consumir bebidas e sempre tinha prejuízos. “Chegava atrasada no trabalho e até mesmo fui trabalhar bêbada, por isso, perdi muitos empregos. Tinha insônia e bebia para ver se o sono aparecia”, lamenta.

Após viver 25 anos na dependência, Jovenilia se viu em uma situação de desespero, quando não conseguiu dinheiro para comprar uma cerveja. Ela lembra que sentou no banco de uma praça, desolada, quando avistou um lugar que chamou atenção dela. Ao entrar no local, na esperança de encontrar alguém que lhe emprestasse um dinheiro para comprar a bebida, encontrou uma pessoa que apresentou a ela um tratamento contra os vícios, sem custo e sem internação. “Ali eu chorei muito e decidi dar uma chance para mim”, recorda.

Desde então, ela começou a fazer o tratamento aconselhado e hoje está livre da dependência. “Faz três anos que não tenho nenhuma vontade de beber. Hoje eu consigo ter uma vida normal e tranquila, não tenho mais insônia e sou feliz”, concluiu.

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