Mato Grosso
Janaina: Gravidez não muda planos de disputa e busca por aliados
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A deputada estadual Janaina Riva (MDB) negou que sua gravidez possa atrapalhar os planos de concorrer à 1ª Secretaria da próxima Mesa Diretora, que será responsável pelo biênio 2019/2020.
A parlamentar anunciou há algumas semanas estar grávida de um menino. Ela é noiva do empresário Diógenes Fagundes, filho do senador Wellington Fagundes (PR).
Em conversa com a imprensa nesta semana, ela disse ter sido alvo de comentários machistas após o anúncio.
“Houve alguns comentários preconceituosos, machistas, com relação à gravidez e meu trabalho. Mas na disputa não altera em nada, continua da mesma forma. Agora, estou trabalhando a candidatura à primeira secretaria e não mais à presidência”, afirmou.
A deputada já vem conversando com alguns nomes para se viabilizar para o cargo e deve contar com o apoio de aliados como Valdir Barranco (PT) e Allan Kardec (PDT).
Houve alguns comentários preconceituosos, machistas, com relação à gravidez e meu trabalho. Mas na disputa não altera em nada
Além disso, Janaina tem procurado conversar com parte dos 14 novos parlamentares, que tomam posse a partir de 1º de fevereiro do ano que vem. Ela defendeu que a próxima Mesa Diretora seja mista, composta por novatos e veteranos.
“Eu tenho um número de deputados, mas prefiro aguardar. Porque, por exemplo, o PT vai analisar isso em formato de decisão de diretório. Existe, sim, a tendência, como existe a tendência dos deputados que foram eleitos através da força sindical. Mas prefiro aguardar porque essa é uma decisão tomada por eles com o grupo deles”, disse.
“Tenho procurado os partidos, conversado com os novatos e colocado, principalmente, a importância da renovação em si. Não é ser eu. Talvez, agora, meu nome, dentre os que nunca ocuparam cargos na Mesa, seja quem reúne mais condições para disputa”, afirmou.
Propostas
Ela e o grupo de parlamentares apoiam medidas para serem colocadas em prática a partir da próxima gestão.
Uma delas seria impedir a alternância entre o primeiro secretário e o presidente. A outra seria a realização de uma eleição anual, dando oportunidade a mais parlamentares de ocuparem o comando da Casa.
“Nós temos duas propostas que estamos analisando nesse grupo de deputados: uma dela é a eleição ano a ano, mas que precisa da decisão da maioria absoluta. Várias Assembleias e Câmaras já funcionam desse jeito, dando mais oportunidade para deputados e evitando que se perpetuem em cargos de poder no Legislativo”, explicou.
“A outra proposta que queremos discutir é que não haja a inversão de cargos, que é o caso de presidente e primeiro secretário, que hoje são os que reúnem todas as atribuições da casa. Ou também podemos dividir as atribuições da Mesa, que é uma sugestão de alguns deputados. O mais importante é que todos que fazem parte desse projeto. Temos a convicção de que precisa mudar várias regras”, completou.