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Saiba mais sobre a bariátrica: quem pode fazer? Quais os riscos?
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Cresceu nos últimos anos o número de cirurgias bariátricas entre os brasileiros. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), de 2008 a 2016 houve um crescimento de 163%. O número mais recente é de 100 mil procedimentos realizados apenas em 2016, muito além do registrado em 2008, 38 mil bariátricas.
Uma pesquisa feita pela SBCBM, entre março e maio de 2017 em diferentes regiões do Brasil, estudou o perfil dos pacientes operados há mais de cinco anos, analisando os hábitos e atitudes adotadas no período pós-cirúrgico. Dos participantes, 66% eram mulheres, 88% disse estar mais vaidoso após a operação e 70% garantiu ter aumentado à prática de atividade física.
Segundo a médica especialista em cirurgia geral, certificada em bariátrica e vice-presidente do capítulo Brasília da SBCBM, Ana Carolina Fernandes, o procedimento é indicado para pacientes portadores de obesidade e doenças ou comorbidades, como diabetes, hipertensão arterial, problemas no colesterol, apneia do sono, doença do refluxo e entre muitas outras. “É importante ressaltar que a cirurgia não é a primeira opção, o ideal é que ela seja indicada para pacientes que já tentaram o tratamento clínico sem sucesso”, afirma.
Ela complementa, “existem vários tipos de cirurgia bariátrica. No entanto, hoje, no mundo inteiro as duas cirurgias mais comuns são o BY PASS em Y de ROUX e o SLEEVE ou gastrectomia em Manga. A maioria dos pacientes pode fazer qualquer uma delas, no entanto são os resultados que determinarão a melhor técnica. No Brasil a técnica mais utilizada é o Bypass com excelentes resultados”, afirma.
Conforme Ana Carolina, o paciente precisa ficar atento aos riscos. “Eles podem apresentar trombose, embolia pulmonar e mais grave ainda seria uma fistula, que acontece quando há um vazamento indesejado em algum ponto da cirurgia”, aponta Ana Carolina.
Cuidados pós-cirurgia
A médica ressalta que a recuperação dos pacientes costuma ser tranquila, mas precisa de atenção. “A maioria dos operados volta a trabalhar de 15 a 30 dias após a cirurgia. Sendo liberados para atividade física depois de um mês. É importante que o paciente cuide da alimentação nesse primeiro momento, tomando apenas líquidos e sopas, aumentando aos poucos a consistência do alimento”, destaca.