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O que é Apendicite?
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A apendicite é a inflamação do apêndice – uma região do intestino grosso, resquício do processo evolutivo, que pode causar dor quando inflamado.
Sintomas de Apendicite
O principal sintoma da apendicite é dor abdominal, que varia de acordo com a idade da pessoa e da posição do seu apêndice (“bolsa” presa na parte final do cólon) inflamado.
Geralmente, o primeiro sinal é dor na região próxima ao umbigo, que pode ser fraca no início mas vai se tornando cada vez mais aguda e grave conforme as horas passam.
À medida que aumenta a inflamação no apêndice, num processo que varia de 12 a 18 horas, a dor tende a se mover para baixo e à direita – local diretamente acima do apêndice, também chamado ponto de McBurney.
Outros sintomas de apendicite, que aparecem junto com a dor são:
- Náusea
- Vômitos
- Apetite reduzido
- Febre baixa
Se o apêndice se rompe, a dor pode desaparecer por um breve período e a pessoa se sente melhor repentinamente. No entanto, uma vez que o revestimento da cavidade abdominal fica inflamada e infectada (uma condição chamada peritonite), a dor piora e os sintomas se intensificam – principalmente quando a pessoa caminha ou tosse.
Sintomas posteriores incluem:
- Calafrios
- Constipação
- Diarreia
- Febre
- Perda de apetite
- Náusea a vômitos
- Tremores.
Causas
As causas da apendicite não são sempre claras, mas algumas situações são conhecidas por levar à inflamação no apêndice. Veja:
- Obstrução por gordura ou fezes
- Infecção, como a gastrointestinal causada por vírus.
Em ambos os casos, uma bactéria presente naturalmente dentro do apêndice começa a se multiplicar, causando a inflamação e o inchaço do apêndice, e eventualmente com pus. Se não tratada prontamente, a apendicite pode causar o rompimento do apêndice.
O que é apendicite?
Fatores de risco
Qualquer um pode desenvolver inflamação no apêndice, mas a apendicite é mais comum entre pessoas de 10 a 30 anos.
Não há, contudo, comportamentos considerados de risco e que possam contribuir para a inflamação.
Sintomas
Buscando ajuda médica
Fique atento aos sintomas. Se eles persistirem por mais do que 12 horas, procure um especialista e explique a ele o que está sentindo e o quão forte são as dores. Aproveite e tire todas as suas dúvidas.
O médico poderá lhe perguntar quais partes do seu abdômen doem e se a dor mudou de local com o passar das horas. Descreva também outros sintomas, como febre, náuseas e diarreia.
Diagnóstico e Exames
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a apendicite são:
- Clínico geral
- Cirurgião abdominal.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Quando sua dor abdominal começou?
- Aonde dói?
- A dor mudou?
- Quão grave é a sua dor?
- O que torna sua dor mais grave?
- O que ajuda a aliviar sua dor?
- Você está com febre?
- Você sente náuseas?
- Quais outros sinais e sintomas você tem?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Perguntas que você pode perguntar ao seu médico:
- Eu tenho apendicite?
- Preciso de mais testes?
- O que mais eu poderia ter além da apendicite?
- Preciso de uma cirurgia?
- Quais são os riscos da remoção do apêndice?
- Por quanto tempo eu preciso ficar no hospital após a cirurgia?
- Quanto tempo será a recuperação?
- Quanto tempo depois da cirurgia posso voltar ao trabalho?
- Você pode dizer se o meu apêndice já estourou?
Diagnóstico de Apendicite
Em geral, os médicos podem diagnosticar a apendicite pela sua descrição dos sintomas, pelo exame físico e pelos exames de laboratório. Em alguns casos, testes adicionais podem ser necessários.
Na apendicite, o nível de dor varia de acordo com o tempo, o que dificulta o diagnóstico. Além disso, apendicite não é o único capaz de causar dores abdominais, então o médico deverá realizar alguns exames para ter certeza absoluta de que se trata de um quadro de inflamação no apêndice.
Exames
O diagnóstico de apendicite pode ser feito com os seguintes exames:
- Exame físico: o tipo mais preciso de exame feito pelo médico é o exame físico, em que o médico pressionará a área dolorida. Na apendicite, quando a área em questão for pressionada, a dor sempre aumenta, indicando que naquele local há inflamação. O médico também deverá observar se há rigidez dos músculos do abdômen
- Exame de sangue: o especialista também poderá optar por um exame de sangue, que mostrará o número de glóbulos brancos presentes no sangue do paciente. Se estiver mais alto do que o normal, é sinal de infecção
- Exame de urina: este é mais utilizado para que o médico tenha certeza de que as dores não são fruto de pedras nos rins. Na análise dos resultados, é possível determinar a causa dos sintomas por meio da observação de glóbulos vermelhos, que ficam mais visíveis em microscópios quando há um quadro de cálculo renal. Caso eles não indiquem pedra nos rins, o médico suspeita de inflamação
- Raio X: o médico também poderá solicitar um raio X da região abdominal. Por meio da análise das imagens feitas no exame, que saem após poucos minutos, ele poderá fazer o diagnóstico correto.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Apendicite
O tratamento da apendicite é cirúrgico, ou seja, o apêndice (que é uma “bolsa” presa na parte final do cólon) inflamado é retirado durante uma cirurgia, em que a pessoa está anestesiada, no hospital. O procedimento é conhecido como apendicectomia.
O apêndice não é substituído durante a cirurgia, apenas é feita a sua remoção. A retirada do apêndice não traz nenhum risco documentado para a vida do paciente no futuro, uma vez que ele não tem nenhuma atividade conhecida no corpo humano.
Se o caso estiver sem complicações, ou seja, for feito o diagnóstico com o apêndice ainda inteiro, um cirurgião normalmente o removerá logo após o problema ser constatado.
Cirurgias para Apendicite
A cirurgia pode ser realizada de duas formas, a primeira é com uma pequena incisão de cerca de cinco centímetros no lado direito do abdome, logo acima do apêndice, para a sua remoção.
A segunda é através de laparoscopia, ou seja, o cirurgião faz três pequenos orifícios no abdômen, insere uma câmera para a visualização do procedimento e remove o apêndice. Esse método é menos invasivo que o tradicional e normalmente tem um tempo de recuperação menor.
Apenas o médico responsável poderá dizer qual o melhor tipo de cirurgia para cada caso e paciente.
Convivendo (prognóstico)
Complicações possíveis
A grande complicação da apendicite, quando não diagnosticada e tratada rapidamente, é o rompimento do apêndice – o que geraria o acúmulo de pus dentro do abdômen, atingindo outros órgãos.
Nestes casos, o médico indicará a melhor forma de tratar o problema e que representa menos riscos para o paciente.
Normalmente o abcesso e pus precisam ser drenados, o que pode ser feito com o auxílio de um tubo sob a pele e com medicamentos. A apendicectomia poderá ser realizada, nestes casos, depois que a infecção for controlada.
Se o paciente com apendicite não for tratado imediatamente, ele poderá sofrer de algumas complicações mais graves:
- Peritonite, causado por rompimento do apêndice, em que há inflamação na cavidade abdominal
- Acúmulo de pus no abdômen, causado por abscesso de um apêndice rompido
- Conexões anormais entre órgãos abdominais ou entre esses órgãos e a superfície da pele (fístula).
Convivendo/ Prognóstico
Se seu apêndice for removido antes de ele se romper, você provavelmente ficará bem logo após a cirurgia. Se seu apêndice romper antes da cirurgia, você provavelmente se recuperará mais lentamente, e terá uma probabilidade maior de desenvolver um abscesso ou outras complicações. Nesses casos, você provavelmente ficará no hospital por mais tempo, em observação.
Prevenção
Não há formas de prevenir a apendicite. Todos nascemos com apêndice. O processo de inflamação se dá naturalmente e até bastante comum.
Referências
Ministério da Saúde