Agronegócios
Acrismat comemora liberação do mercado russo pra carne suína
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A suinocultura Mato-grossense recebeu hoje uma notícia que deverá aquecer o setor neste final de ano. Isso porque O órgão regulador de segurança na agricultura da Rússia anunciou nesta quarta-feira (31) que permitirá importações de carnes suínas e bovinas de nove fornecedores brasileiros a partir de 01 de novembro.
A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi em seu twitter. O presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Itamar Canossa, avaliou como positiva a reabertura e espera a valorização do produto também no mercado interno.
“Essa reabertura de mercado beneficia a suinocultura do país inteiro, pois abrirá espaço no mercado interno. Em outras situações, quando a própria Rússia voltou a comprar a carne suína brasileira o valor do quilo da proteína chegou a subir entre 25% e 35% em relação ao valor que estava sendo praticado”, afirmou.
Ainda de acordo com o presidente, a Rússia que até o ano passado era o principal destino das exportações da carne suína brasileira deve diminuir as exportações no futuro.
“Eles tem como objetivo se tornar autossuficientes na produção da proteína e é notável que a cada ano a produção de carne suína deles aumenta, mas para o Brasil essa retomada nas exportações é vista com bons olhos, pois teremos mais demandas para direcionar nossa produção. Agora começa uma verdadeira corrida contra o tempo, já que o inverno russo se aproxima e os portos podem ficar fechados por conta das condições climáticas extremas”, explicou.
Restrição
Em novembro de 2017 a Rússia colocou restrições temporárias para importações de carnes suínas e bovinas do Brasil em razão do uso de ração com aditivo ractopamina, alegação negada por grupos da indústria brasileira de carne.
Números da produção de Mato Grosso em 2017
Em Mato Grosso, apenas 19% da produção da suinocultura foi destinada à exportação, o que equivale a aproximadamente 40 mil toneladas de carne suína. A maior parte fica no mercado interestadual que representa 57,4% (122 mil toneladas) da produção. Já o consumo doméstico, aquele que fica no próprio Estado, representa apenas 23,6% (50 mil toneladas) da produção.