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Desemprego em Cuiabá é de 11% e no Estado, 9%
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O Núcleo de Pesquisas Econômicas e Socioambientais da Universidade Federal de Mato Grosso (NuPES/FE/UFMT), em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), apresenta dados e estatísticas sobre o mercado de trabalho do município de Cuiabá, bem como de Mato Grosso.
Conforme a pesquisa realizada com base nos dados da PNADC (IBGE), das pessoas que se encontravam na força de trabalho (pessoas economicamente ativas) no 2º trimestre de 2018, 89% estavam ocupadas e 11% desocupadas em Cuiabá. Já para o estado, neste mesmo período, cerca de 91% estavam ocupadas e 9% desocupadas. “Conforme o Boletim, é importante destacar também que estes comportamentos vistos na capital e no estado são semelhantes com o que ocorre no país”, comentou o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja.
Em relação ao emprego formal e informal de toda a economia, percebe-se que houve bastante oscilação ao longo do período em estudo, tanto para Cuiabá quanto para Mato Grosso. No 1º trimestre de 2012 haviam 285 mil pessoas ocupadas na capital e 1,43 milhões no estado. Já no 2º trimestre de 2018, o total de ocupados foi de 283 mil e 1,57 milhões, respectivamente. Deste modo, percebe-se que ao longo do período houve uma redução do número de pessoas ocupadas em Cuiabá, enquanto que Mato Grosso teve um incremento na quantidade de ocupados.
Em Cuiabá, o 3° trimestre de 2013 foi o que se destacou com o maior número de empregos. Já em Mato Grosso, o período que merece destaque é o 2º trimestre de 2018. Em contrapartida, para ambos, o 1º trimestre de 2017 foi um dos períodos que apresentou o menor nível de ocupações.
Os rendimentos médios reais foram menores para o 2º trimestre de 2018, em comparação com o 1º trimestre de 2012, primeiro período de análise. No 2º trimestre de 2018, o rendimento médio real dos cuiabanos foi de R$ 2.550,00 reais, representando uma queda de 11,98%, e dos mato-grossenses foi de R$ 2.145,00, o que corresponde a uma redução de 3,12%.
Analisando as remunerações por sexo, nota-se que as mulheres possuem remunerações mais baixas que os homens, mas esta diferença tem se reduzido ao longo do tempo, tanto para a capital, quanto para o estado. No 2º trimestre de 2018, as remunerações das mulheres de Cuiabá foram em média R$ 2.239,00 e para os homens R$ 2.830,00, já para Mato Grosso, estes valores foram respectivamente, R$ 1.774,00 e R$ 2.392,00.
Entre as ocupações existentes no mercado de trabalho brasileiro, segundo dados do CAGED (MTE), as que mais geraram novos postos de trabalho formais em 2018, mais precisamente entre os meses de janeiro e julho, para Cuiabá e Mato Grosso, destacam-se as funções de auxiliar de escritório, servente de obras, alimentador de linha de produção, técnico em enfermagem, instalador de linhas elétricas e ajudante de motorista, as quais geraram mais de 180 novos vínculos de emprego cada, no período de janeiro a julho de 2018. Já para o estado, auxiliar de escritório, almoxarife, assistente administrativo, armazenista, recepcionista e assistente de vendas, as quais criaram mais de 238 novos vínculos cada, no mesmo período.
DESEMPREGO – Ao analisar o comportamento do desemprego nos últimos anos para a capital e estado, percebe-se que houve um aumento expressivo ao longo do período estudado, passando de 16 mil desempregados no 1º semestre de 2012 em Cuiabá, para 36 mil no 2º semestre de 2018, o que representa um aumento de 125%, e em Mato Grosso o número foi de 101 mil para 147 mil desempregados, respectivamente, ou seja, uma elevação de 46%. Nota-se que este crescimento do desemprego se iniciou com intensidade no 1º semestre de 2015.
Com objetivo de fornecer informações socioeconômicas para os empresários, planejadores de políticas e para toda a sociedade mato-grossense, No levantamento realizado constam informações referentes à força de trabalho tanto ocupada, quanto desocupada, tais como: número e/ou percentual de trabalhadores por faixa etária, sexo, nível de escolaridade, renda, tempo de ocupação, desemprego, dentre outras. Deste modo, são mostradas informações sobre o comportamento do mercado de trabalho formal e informal da capital e do estado.