Justiça
Acusado de matar e esquartejar professor universitário é condenado a 13 anos de prisão
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Após quase seis horas de julgamento do caso do professor universitário Elessandro Milan, então de 34 anos, que foi morto e esquartejado dentro de casa em 2016, o réu Ériton Fábio Coelho Macedo foi condenado a 13 anos e dois meses de reclusão inicialmente em regime fechado – além de 20 dias multa.
O julgamento teve início às 8h30 desta quinta-feira (11), no 1º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho. O corpo de jurados foi formado por sete pessoas.
O crime aconteceu em março de 2016 dentro da residência da vítima, localizada na Zona Leste de Porto Velho.
Julgamento de um dos acusados de matar e esquartejar o professor universitário aconteceu nesta quinta-feira (11). — Foto: TJ-RO/ Divulgação
Conforme o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), o réu, durante um interrogatório, confessou ser o autor do crime e deu detalhes de como matou Elessandro. Segundo ele, o crime ocorreu porque teria sido dopado, e ao acordar, ficou com raiva da vítima, o que teria motivado o assassinato.
De acordo com o delegado Sandro Moura, o envolvimento do suspeito no crime foi comprovado por meio das provas papiloscópicas: das palmares, plantares e digitais coletadas pelo instituto de identificação.
A defesa chegou a pedir que o réu fosse absolvido pelo crime de ocultação de cadáver. Solicitou ainda que ele passe por exames médicos, como o de HIV. Ele foi preso em maio deste ano em Porto Velho.
Relembre o caso
Elessandro Milan foi encontrado morto e com o corpo esquartejado dentro da própria residência, em um condomínio localizado na Avenida Calama, no Bairro Planalto, Zona Leste de Porto Velho.
De acordo com a polícia, o homem foi morto durante a madrugada do dia 18 de março. Uma vizinha da vítima encontrou rastros de sangue na varanda da casa e acionou a Polícia Militar (PM).
Corpo foi encontrado na tarde do dia 18 de março, horas depois do assassinato. — Foto: Cléo Subtil/ Rede Amazônica
O resultado da perícia da morte do professor saiu dia 1° de junho. O laudo técnico demorou 75 dias para ser finalizado e consta de 30 páginas, que reúnem amostras de DNA, impressões digitais e até registros telefônicos, entre outros objetos da casa.
O delegado do caso descarta a possibilidade de Milan ter ser sido vítima de latrocínio (roubo, seguido de morte), já que nenhum objeto foi levado. A suspeita é que o crime ocorreu devido a problemas pessoais.