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Consumidores defendem novos hábitos – Por Rodrigo Berté


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Após amargar mais de três anos de recessão, agravada, entre outros fatores, pelo desemprego, consumo apertado ou estreitado por contas, dívidas e queda de classes, as pessoas começam a se recompor aos poucos e trazem hábitos novos de brasilidade. É comum encontrarmos pessoas nas ruas, ou mesmo as que conhecemos, que passaram por muitas dificuldades, ou ainda estão passando. Elas nos contam como viraram o jogo e como estão olhando para o futuro.

Há um comportamento diferente no consumidor, tornando-o mais exigente e mais consciente na hora de comprar. Na mesma sintonia vieram empresas baixando custos, abarcando novas tecnologias e que têm passado por estratégias de revisão no atendimento ao consumidor, com o objetivo de entender melhor o cliente atual e como ele está se comportando.

Chegamos a mais de 61 milhões de brasileiros inadimplentes, segundo a Serasa Experian, o que vem gradativamente baixando aos poucos. A retomada do consumo vem acontecendo aos poucos, como também a mudança de comportamento do consumidor.

O consumidor das crises anteriores não era tão empoderado como o atual, tendo em vista a grande quantidade de informações. Nas situações de recessão anteriores, para pesquisar preços ele tinha que ir até a loja ou ao supermercado, agora, tudo está facilitado com a internet. Outro ponto de destaque é que se deixou de lado a compulsividade, inimiga do consumo consciente, e passou-se a comprar o que realmente é necessário, evitando o desperdício.

Por outro lado, e muito mais importante, é a avaliação do impacto dos produtos sobre o meio ambiente e os aspectos sociais. Os novos hábitos vão além do planejamento das compras: hoje são mais comuns as pesquisas feitas na internet para comparação de produtos e ofertas, a análise de como são obtidos, e até a verificação mais minuciosa da real necessidade de compra.

A crise atual afetou todas as classes sociais. A mudança de comportamento e os novos hábitos dos consumidores poderão ter efeito positivo na próxima década, com baixa no endividamento e o empoderamento na tomada de decisão para se efetuar a compra.

*Rodrigo Berté – Diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter. 

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