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Indígenas são capacitados para reconhecer produtos florestais em Cacoal, RO


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A aldeia indígena Lapetanha em Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho, recebeu na última semana a visita de entidades florestais. O motivo foi capacitá-los para a certificação de produtos da floresta. O reconhecimento das mercadorias agrega mais valor ao que eles produzem e comercializam. O treinamento foi de um dia.

Com esse treinamento, os indígenas têm uma chance maior de ter uma fonte de renda sendo acompanhados de perto por organizações que certificam a procedência e a qualidade do produto.

“As certificadoras vão até as áreas de manejo conhecer essa organização e o Conselho de Manejo Florestal (FSC) tem alguns documentos com regras e requisitos, que direcionam. O que deve ser avaliado nesse manejo, considerado responsável e assim o consumidor consegue reconhecer o produto florestal que realmente veio de uma origem responsável e cumpriu com todos os requisitos”, explicou a representante do FSC Andrea Werneburg.

O treinamento é sobre a certificação de produtos da floresta como a castanha e o babaçu. Para isso, eles receberam orientações sobre custos da produção, composição de valores, rendimento, qualidade, oportunidades e desafios do mercado, além de outros assuntos.

Durante a oficina, cada um se dedicou com muita atenção. Afinal, o sustento deles vem da terra e o desejo é dar maior valor aos produtos. O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola é uma dessas ONG’s, e está na cidade, para ensinar o passo a passo desta certificação.

“Existe um intuito de desenvolver planos de negócios, com comunidades tradicionais e indígenas, de forma que os ideais desse plano de negócio sejam deles, podendo expor a forma como eles gostariam de trabalhar e a cadeia de valor”, disse o representante do Imaflora Roberto Sartori.

O indígena Rubens Naraikoe Suruí é da aldeia e faz parte da Associação Metareilá, que atua na defesa e preservação do patrimônio cultural e territorial indígena. Ele fala da importância que este treinamento tem para a tribo.

“Essa iniciativa surgiu a partir do plano de 50 anos, que busca envolver uma parceria para podermos mostrar que o produto da floresta como a castanha tem valor potencial”, destacou Naraikoe.

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