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Comer ovo todo dia não faz mal ao coração
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Pesquisa não só reforça que dá para comer o alimento sem culpa como sugere que isso traria vantagens.
Cientistas da Universidade de Pequim, na China, dão mais motivos para esquecermos de vez a fase negra do ovo. Eles analisaram informações de saúde de 416 213 adultos bem como sua ingestão do alimento. Enquanto 13,1% relataram comê-lo todo dia, 9,1% o faziam raramente.
Depois de quase nove anos, os investigadores concluíram que o primeiro grupo apresentava um risco 12% menor de infartar e 26% menor de sofrer um derrame.
Para a nutricionista Juliana Kato, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), já está claro que comer ovo, mesmo que diariamente, não eleva o risco cardíaco. “Ele é uma fonte proteica excelente. Trata-se de um dos melhores alimentos encontrados na natureza”, elogia.
Ela só pede cautela antes de considerá-lo capaz de prevenir perrengues cardiovasculares, já que outros estudos não constataram tal façanha.
Fique atento a algumas ponderações
Na pesquisa chinesa, não foram identificadas pessoas que consumiam mais de um ovo diariamente. Portanto, maneire. “Até uma unidade por dia está de bom tamanho”, diz Juliana.
Não tem essa de descartar a gema – o colesterol presente ali tem pouco impacto no organismo. E ela é rica em carotenoides, bons pra visão. Já a clara reserva proteínas. Aproveite o ovo inteiro.
O que mais conta em termos de saúde é o modo de preparo. “Evite a fritura, porque a quantidade de calorias quase dobra”, exemplifica a nutricionista da Socesp.
As melhores maneiras de preparar
Frito: Se o consumo for eventual, tudo bem. Mas nada de fritura por imersão. Use panela antiaderente e pouco óleo.
Mexido: A panela antiaderente e o pingo de óleo valem pra cá também. Essa receita combina muito com o café da manhã.
Cozido: Ótimo método, pois não requer gordura. Para evitar contaminação pela bactéria salmonela, não deixe a gema crua.