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Atendimento psicológico no ambiente de trabalho contribui para controle do estresse


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Diferente de riscos físicos, biológicos, químicos e ergonômicos, facilmente mensuráveis, os fatores psicossociais que afetam a vida de trabalhadores não são tão observáveis. O sofrimento causado por situações contínuas, como o assédio moral, por exemplo, é o primeiro passo para o surgimento de doenças como o estresse. E nenhuma profissão está imune a isso, afirma a doutora em saúde mental, Liliana Guimarães, durante a palestra ministrada no 5º Protege – Seminário de Saúde e Segurança no Trabalho, realizado pelo Serviço Social da indústria (Sesi-MT), nesta terça-feira (11/09), em Sinop.

“Mas, tradicionalmente, há áreas que são mais expostas como as de segurança pública, saúde de maneira geral e call center. E as soluções começam com o diagnóstico, apoio dos gestores e plantões psicológicos no local de trabalho. É possível, ainda, fazer programas específicos para o desenvolvimento de habilidades sociais”, explica.

Neste sentido, informação e conscientização, tantos dos trabalhadores quanto dos empresários, são fundamentais. “É possível fazer uma boa comunicação, que seja apoiadora, pois, assim, os funcionários vão se sentir melhor, mesmo em condições difíceis. Sendo ele lembrado nos processos, a empresa fica saudável e o trabalhador e suas famílias também, mesmo num panorama geral não favorável. Por isso, é importante saber também sobre os fatores de proteção, não somente os de riscos”, argumenta.

Gestão da Saúde e Segurança

A Gestão da Saúde e Segurança no trabalho foi o tema da palestra do médico do trabalho, Gustavo Nicolai, que abordou ainda o sistema eSocial e o envio de informações da área. “Dentro do eSocial estão previstas, a partir de janeiro, as obrigações de saúde e segurança . A tendência é que legislação seja revisada para este novo ambiente eletrônico e que haja, ainda, uma transformação no mercado de trabalho, com a valorização dos profissionais. As empresas que sabem fazer o trabalho bem feito e cumprem a legislação vão passar bem pelo eSocial”, diz.

Por outro lado, as empresas que sempre dão “jeitinho” terão um grande problema com o sistema. “É nessa hora que entra Sesi, principal prestador de serviços de segurança no Brasil com estrutura em todos os estados e que tem o Projeto Viva +. Nesta ferramenta, é possível fazer a gestão de saúde e segurança, canal de relacionamento com trabalhador, promoção de saúde, além de medir e mensurar”, enumera.

O engenheiro de segurança Sandro Schutz participou do Protege com o objetivo de se atualizar, principalmente sobre gestão de saúde e segurança. “Foi importante a abordagem de pontos que a gente precisa entender. Um dos palestrante elevou a área prevencionista, pois muitas vezes as empresas não têm essa cultura. Isso é um marco e eu acredito na produtividade segura, pois se o trabalhador está bem, tranquilo, recebe o salário, tem direitos garantidos vai trabalhar melhor e a produtividade, naturalmente, vai aumentar”.

5º Protege

Mais de 300 profissionais da área e empresários participaram do encontro e 600 quilos de alimentos foram arrecadados para doação a duas instituições da cidade. Juína é a próxima cidade a receber o seminário, no dia 20/09. 

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