Economia
Gasolina foi o que mais aumentou em Mato Grosso
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A gasolina tipo ‘C’, a comum, foi o combustível que mais aumentou em agosto, no Estado. No mês passado o valor médio foi recorde dentro da série histórica estadual para o mês, ao atingir R$ 4,608. E setembro mantém o mesmo ritmo, com o preço médio de bomba fechando a primeira semana em elevação, a R$ 4,624
Na comparação com as outras duas matrizes de maior demanda no Estado, o etanol hidratado e o óleo diesel, a gasolina foi disparada a opção mais onerosa ao mato-grossense. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostram que nas últimas quatro semanas – de 12 de agosto a 8 de setembro – ela passou de R$ 4,,340 para R$ 4,624, incremento de 6,54%. O etanol registrou leve redução de 0,62%, de R$ 2,548 para R$ 2,532 e o diesel alta de 1,31%, saindo de R$ 3,662 para R$ 3,710.
O mercado revendedor argumenta que as altas são repassadas ao consumidor. Alguns postos retêm enquanto podem a majoração no custo de aquisição, outros já recebem e mandam direto para as bombas. O tempo de transferência do novo valor depende, segundo o setor, do tamanho da empresa e do nível de comprometimento das planilhas.
“Não sabia que a gasolina tinha aumentando assim, no dia a dia a gente opera no automático e nem percebe que pelo menos valor se leva cada vez menos combustível no tanque. Infelizmente, não tenho outra opção para abastecer”, lamentou o autônomo, Joubert Ramirez.
O valor médio do litro o Estado aferido pela ANP mostra bem o comportamento da gasolina. No mês passado, abastecer cerca de 50 litros a R$ 4,608 – média fechada de agosto – demandou R$ 230,40. Já a R$ 4,34 , preço médio no dia 12 de agosto, o desembolso era de R$ 217,00, diferença de R$ 13,40 em um intervalo de suas semanas.
A diferença fica ainda maior em desfavor do consumidor quando se compara os mesmos 50 litros com o preço médio da gasolina em agosto do ano passado, que conforme a ANP, fechou o mês a R$ 3,838. Ano passado se gastavam R$ 38,5 a menos em relação ao mês passado, já que naquele momento eram necessários R$ 191,90.
Em 17 anos, quando o litro teve o menor valor para agosto, R$ 1,794, a diferença passa de R$ 140, considerando os R$ 89,7 de custo em agosto de 2001 para os mesmo 50 litros e o total de R$ 230,40 no mês passado.
Na pesquisa de preços realizada pelo Diário, observa-se que entre os anos de 2007 e 2012, o preço médio em agosto teve mais estabilizado, na casa de R$ 2,900 a R$ 2,700. De 2013 a 2017 ficou oscilando na casa dos R$ 3 e em 2018 inaugurou novo teto, passando dos R$ 4.
O professor Leandro Garcia contou que o atual carro dele é flex, o que permite abastecer com etanol ou com gasolina, dando preferência pelo mais barato. “O carro anterior era bem antigo e só podia abastecer com gasolina. Acompanhando toda a instabilidade acerca da gasolina eu paguei mais do que pensava na hora de trocar, mas quis ter essa segurança”.
MÉDIAS – Na primeira semana de setembro, o preço médio da gasolina atingiu R$ 4,624. No Centro-Oeste a mais cara está em Goiás, R$ 4,721, seguida pela média do Distrito Federal, R$ 4,719. Mato Grosso do Sul tem a mais barata, R$ 4,298.
Dentro do Estado, o maior valor apontado pela ANP está em Alta Floresta (800 quilômetros ao norte de Cuiabá), R$ 5,050 e mais baixo, R$ 4,299 em Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá).
No país, o litro com valor médio mais caro foi registrado no Acre, R$ 5,074 e o mais baixo em Santa Catarina, R$ 4,140.