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Mundial de 2018 terá duas sedes e Brasil cheio de medalhões, mas sem favoritismo


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Uma camisa tricampeã mundial, com uma base formada por nove atletas recém-sagrados campeões olímpicos. Um currículo de respeito, mas que na prática não aponta um favorito ao ouro do Mundial de vôlei masculino, principal evento da modalidade em 2018, disputado de 10 a 30 de setembro. Ainda sem títulos na temporada, uma seleção pouco renovada comandada por Renan Dal Zotto precisará trabalhar duro para faturar o tetra. O primeiro desafio será na próxima quarta-feira, dia 12, contra o Egito – partida que terá transmissão ao vivo do SporTV2.

Pela primeira vez na história, o Mundial terá dois países como sede. Itália e Bulgária, os anfitriões, serão os primeiros a estrearem. Abrem a competição às 14h30 (de Brasília) deste domingo com partidas simultâneas contra Japão e Finlândia, em Roma e Varna, respectivamente.

Por que o Brasil não é favorito?

O grupo de 15 convocados pelo técnico Renan Dal Zotto conta com nove dos 12 campeões olímpicos na Rio 2016. A média de idade do Brasil é alta e mostra pouca renovação no geral, apesar de o grupo contar com algumas caras novas.

Os dois líberos escalados, Thales e Maique, são estreantes em Mundiais. Mas a principal incógnita é na ponta. Com Mauricio Borges e Lucarelli cortados por lesão, Lipe, mesmo sem estar 100% fisicamente, é a principal referência do jovem grupo de ponteiros. Lucas Lóh, Douglas Souza e Kadu compõem o setor.

Neste ano, o Brasil ainda não conquistou nenhum título com a seleção principal. Na Liga das Nações, torneio que substituiu a Liga Mundial, o time terminou em quarto lugar. Na fase preliminar foram 10 vitórias e cinco derrotas em 15 jogos. Na fase final, apenas uma vitória e três derrotas.

Campeão em 2002, 2006 e 2010, o Brasil buscará o tetra com os levantadores Bruninho e William; os opostos Wallace e Evandro; os centrais Lucão, Maurício Souza, Éder e Isac; os ponteiros Lipe, Lucas Lóh, Douglas Souza e Kadu; líberos Thales e Maique.

Quem são os principais adversários?

A Rússia foi campeã da edição de estreia da Liga das Nações e mostrou força nesta temporada, mas a França, derrotada na final, segue como uma das favoritas. Campeã em casa na última edição do Mundial, a Polônia também promete dar trabalho, assim como os Estados Unidos.

Embalados por suas respectivas torcidas, Itália e Bulgária podem crescer ao longo da competição. Os italianos, especialmente, estão bem cotados desde a prata olímpica na Rio 2016. O Brasil vai precisar abrir o olho, pois a missão rumo ao título não deve ser fácil.

As sedes e os grupos

No total, seis cidades na Itália e três na Bulgária receberão os jogos. O Brasil, número 1 do ranking da FIVB quando o chaveamento foi desenhado, é cabeça de chave do Grupo B e joga a primeira fase na cidade búlgara de Ruse. O primeiro jogo será contra o Egito, às 14h30 (de Brasília) do dia 12 de setembro. A chave da equipe de Renan Dal Zotto conta ainda com Canadá, China, França e Holanda.

O Grupo B, que tem potências como Estados Unidos e Rússia, começa o evento na cidade italiana de Bari. Clique aqui para conferir todos os jogos da primeira fase e saber quais terão transmissão.

O caminho até a final

As 24 seleções participantes foram divididas em quatro grupos de seis nesta primeira fase, em que todos jogam contra todos dentro da chave. As quatro melhores de cada grupo avançam para a 2ª etapa, em dois novos grupos: E (quatro melhores do A e do D) e F (classificados de B e C). Cada seleção joga dentro da nova chave contra adversários que ainda não enfrentou (ex: times do Grupo A enfrentam os de D, e times de B encaram os de C). Serão contabilizados os resultados das duas primeiras fases, e os três melhores de cada grupo (E e F) passam à terceira fase.

Nesta nova etapa, os melhores do somatório da 1ª e 2ª fases serão cabeça-de-chave de dois novos grupo (G e H) de três. Todos jogam contra todos, e os dois melhores de cada grupo avançam às semifinais, em cruzamento olímpico. A fase final e a decisão pelo título serão na cidade italiana de Turim.

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