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Primeira monoterapia oral para doença ultrarrara hematológica tem aprovação pela Anvisa


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O medicamento normaliza níveis de anemia e fadiga na maioria dos pacientes com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) e oferece uma alternativa inovadora ao tratamento convencional

São Paulo, 28 de janeiro de 2025 – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou cloridrato de iptacopana, a primeira monoterapia oral desenvolvida para tratar pacientes com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN)[i]. A HPN é uma condição ultrarrara e grave marcada por anemia persistente, fadiga severa e risco elevado de trombose[ii].  A submissão do medicamento foi baseada em dados robustos de dois estudos clínicos de Fase III, o APPLY-PNH[iii] e o APPOINT-HPNiii, que demonstraram que até 68,8% dos pacientes tratados com cloridrato de iptacopana atingiram níveis normais de hemoglobina, sem necessidade de transfusões durante o período do estudo.

A HPN tem uma incidência de 1 a 2 pessoas a cada 1 milhão no mundo e sem o tratamento adequado, a taxa de mortalidade atinge 50% em 10 anosii. Atualmente, existem dois tipos de tratamentos aprovados pela Anvisa para HPN no Brasil, aqueles que inibem a C5, administrados via infusional, e os inibidores de C3, administrados via subcutânea através de uma bomba de infusão.

O estudo de fase 3 APPLY-PNHiii, que incluiu pacientes brasileiros, mostrou a alta taxa de independência transfusional em pacientes que receberam o cloridrato de iptacopana e que já haviam recebido inibidores de C5 e não atingiram uma boa resposta. Entre os dias 14 e 168 de tratamento, 94,8% dos pacientes que receberam cloridrato de iptacopana não necessitaram de transfusões de sangue versus 25,9% dos pacientes que receberam inibidores de C5. Este achado reforça o impacto positivo de avanços terapêuticos na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo significativamente a dependência de procedimentos invasivos e frequentes.

Já o estudo APPOINT-PNHiii foi realizado com pacientes que nunca haviam recebido tratamento com terapias anti-C5 e passaram a receber cloridrato de iptacopana. Além de reduzir a DHL (lactato desodrogenase), um importante marcador que indica risco aumentado de trombose na HPN, um dos destaques do estudo foi a diminuição dos níveis de fadiga, um sintoma muito comum entre pessoas com HPN. Os pacientes relataram melhorias expressivas na energia e disposição, atingindo níveis próximos aos da população geral.

 

Como a primeira monoterapia oral para HPN, o medicamento oferece um controle abrangente da doença, permitindo a tripla normalização, ou seja, conquista de níveis normais de hemoglobina, normalização do DHL e dos níveis de fadiga, além da ausência de transfusões e comodidade posológicaiii . “Pacientes que convivem com HPN e passaram a utilizar o cloridrato de iptacopana experimentaram melhorias significativas na anemia, superando os resultados dos tratamentos disponíveis atualmente. Isso permite reimaginar como é viver com a doença, alcançando uma boa qualidade de vida”, disse Lenio Alvarenga, diretor médico da Novartis Brasil.

Um estudo sobre a jornada dos pacientes com HPN no Brasil revelou que a distância média entre suas residências e os locais de tratamento é de 101,1 km, com variações significativas entre as regiões. Esses deslocamentos, muitas vezes necessários para infusões de alguns dos tratamentos atuais, podem impactar negativamente a adesão ao tratamento, a qualidade de vida e gerar custos financeiros inesperados. Por isso, a possibilidade de realizar o tratamento no conforto de suas casas pode aliviar essas dificuldades e melhorar a qualidade de vida[iv].

“Nossa experiência com o cloridrato de iptacopana como monoterapia oral para HPN foi excelente. O medicamento não apresentou reações adversas, demonstrou um aumento significativo nos valores de hemoglobina (2 a 3 g/dL acima dos obtidos com inibidor de C5) e proporcionou melhora na qualidade de vida, permitindo aos pacientes retomarem atividades como academia e corrida. Esses resultados confirmam a eficácia, segurança e vantagens significativas do cloridrato de iptacopana em relação às terapias disponíveis no Brasil”, destaca Dr. Rodolfo Cançado, médico hematologista.

Sobre cloridrato de iptacopana

Cloridrato de iptacopana é um inibidor do fator B que atua na via alternativa do sistema complemento, proporcionando controle abrangente da destruição dos glóbulos vermelhos dentro e fora dos vasos sanguíneosiii.

Sobre APPLY-PNH

APPLY-PNHiii um estudo de Fase III, randomizado, multinacional, multicêntrico, controlado por comparador ativo, aberto que avaliou se a mudança para cloridrato de iptacopana era superior à continuação das terapias anti-C5 em pacientes adultos que apresentavam anemia residual (Hb <10 g/dL) apesar de um regime estável de tratamento anti-C5 nos últimos seis meses antes da randomização. O estudo atingiu todos os desfechos primários e secundários.

Sobre o APPOINT-PNH

É um estudoiii de Fase III que avaliou a eficácia e segurança da monoterapia oral com cloridrato de iptacopana em adultos com hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) sem tratamento prévio com inibidor de complemento. O estudo atingiu seu desfecho primário e demonstrou benefícios clinicamente significativos em todos os desfechos secundáriosiii.

Sobre a Novartis

A Novartis está reimaginando a medicina para melhorar e ampliar a vida das pessoas. Como empresa líder global em medicamentos, utilizamos ciência inovadora e tecnologias digitais para criar tratamentos transformadores em áreas de grande necessidade médica. Em nossa busca por novos medicamentos, estamos constantemente classificados entre as principais empresas do mundo que investem em pesquisa e desenvolvimento. Os produtos da Novartis alcançam mais de 750 milhões de pessoas em todo o mundo e estamos encontrando maneiras inovadoras de expandir o acesso aos nossos tratamentos mais recentes. Cerca de 105 mil pessoas de mais de 140 nacionalidades trabalham na Novartis em todo o mundo. Saiba mais em www.novartis.com.

 

 

 

[i] RESOLUÇÃO-RE Nº 320, DE 24 DE JANEIRO DE 2025FABHALTA. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-re-n-320-de-24-de-janeiro-de-2025-608925463

[ii] Cançado R et al. Consensus statement for diagnosis and treatment of paroxysmal nocturnal haemoglobinuria. Hematol Transfus Cell Ther. 2021 Jul-Sep;43(3):341-348.

[iii] Peffault de Latour R et al. Oral Iptacopan Monotherapy in Paroxysmal Nocturnal Hemoglobinuria. N Engl J Med. 2024 Mar 14;390(11):994-1008.

[iv] Bigoni, A., et al. “Evaluating The Patient Journey Among Individuals With Paroxysmal Nocturnal Hemoglobinuria In Brazil: A Focus On Distance To Care Disparities.” Hematology, Transfusion and Cell Therapy 46 (2024): S1052.

PRESS ,MANAGER

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