Opinião
CENSURA CONTRA PABLO MARÇAL MOSTRA QUE REDES SOCIAIS DITAM AS REGRAS DO JOGO ELEITORAL E TV/RÁDIO FICARAM PARA TRÁS.
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É inegável que estamos vivendo uma nova fase transformadora de se fazer política. As redes sociais, principalmente dominadas por figuras polêmicas como Pablo Marçal que consegue atrair milhões de seguidores em dias e até horas, revelou uma nova tendência: A dos vídeos rápidos, polêmicos e com muitos memes.
Essa tendência vem preocupando juristas e principalmente o ministro Alexandre de Moraes que defende a regulação das redes sociais por meio das bigtechs. Pablo Marçal, o coach, que ninguém dava nada há alguns meses, bagunçou o quadro eleitoral de São Paulo, e se transformou no assunto mais comentado do Brasil, superando as queimadas, fumaças, Lula e até Bolsonaro.
Há um tempo atrás perder tempo na TV era algo extremamente ruim e até catastrófico para um candidato. Com o poder de abrangência das redes sociais, principalmente das plataformas de vídeos como tiktok e o próprio Instagram; a velha TV ficou em segundo plano. O que se passa na TV é recortado, editado, transformado e cabe às redes sociais viralizar o que antes era papel da TV tradicional.
Pablo Marçal terá tempo praticamente zero na TV e no rádio durante a campanha eleitoral gratuita, porém é o mais acessado, mais comentado e mais procurado no google trends. Com mais de 13 milhões de seguidores, só no instagram, 100 milhões de visualizações em vídeos e uma performance única, Marçal ultrapassou Bolsonaro e Lula em viralização e engajamento e se tornou a figura pública política com mais acessos e compartilhamentos.
Marçal revela algo inusitado: As eleições, a partir de agora, são das redes sociais, das plataformas de vídeos, dos memes e dos bons influenciadores (os coach) como “Marçal da vida”.
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Victoria Bacon é Jornalista em Rondônia desde 2004. Atuou como Colunista, Redatora e Apresentadora nos mais conceituados e renomados sites e jornais eletrônicos de Porto Velho.
Fanpage: @JORNALISTAVICTORIABACON