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Estudo revela que menopausa precoce aumenta risco de câncer de mama


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Médica comenta sobre a importância do acompanhamento em pacientes com insuficiência ovariana primária

Uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Utah revelou uma nova ligação entre a menopausa precoce e o aumento do risco de câncer de mama. O estudo, publicado no The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, sugere que mulheres que entram na menopausa antes dos 46 anos podem ter quase o dobro de chances de desenvolver a doença.

A pesquisa, liderada pelo Departamento de Medicina Interna da U, analisou dados de milhares de mulheres e seus familiares. Os resultados indicam que a insuficiência ovariana primária (IOP), uma condição que leva à menopausa precoce, está associada a um risco significativamente maior de câncer de mama.

O que a pesquisa significa para as mulheres?

“Mulheres com IOP correm risco de uma série de doenças, como osteoporose e doenças cardiovasculares. Os resultados sugerem que algumas delas devem ser monitoradas ao longo de suas vidas para o risco de câncer também”, explica a médica Alexandra Ongaratto, especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS.

“Esta pesquisa traz novas evidências sobre a complexa relação entre a saúde reprodutiva e o câncer. É fundamental que as mulheres com menopausa precoce estejam cientes desse risco aumentado e conversem com seus médicos sobre as melhores estratégias de prevenção e detecção precoce. A mamografia regular e o acompanhamento médico são essenciais para garantir a saúde a longo prazo”, completa a médica.

Alexandra ressalta que nem todas as mulheres com menopausa precoce irão desenvolver câncer de mama, no entanto, o estudo alerta para a necessidade de mais pesquisas e de um acompanhamento médico mais rigoroso para esse grupo específico. “A prevenção continua sendo a melhor arma contra o câncer, e adotar hábitos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada, prática de atividade física regular e não fumar, é fundamental para todas as mulheres”, afirma.

Os pesquisadores utilizaram um banco de dados genético abrangente para identificar as conexões entre a menopausa precoce, a insuficiência ovariana primária e o desenvolvimento de câncer. Os resultados sugerem que a predisposição genética pode desempenhar um papel importante nesse processo.

Os pesquisadores planejam continuar investigando os mecanismos biológicos que ligam a menopausa precoce ao câncer de mama. Essa pesquisa pode levar ao desenvolvimento de novas terapias e estratégias de prevenção para mulheres com maior risco.

No Brasil

De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 73 mil novos casos de câncer de mama foram estimados no Brasil em 2023.

Entretanto, o INCA destaca os principais fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da doença, estando entre eles a menopausa e o próprio envelhecimento, além de determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

Sintomas

É importante que a mulher esteja atenta aos sinais que o câncer de mama pode dar ao se manifestar. O mais comum, presente em 90% dos casos, é um caroço endurecido, fixo e indolor que aparece no seio. Outras alterações preocupantes incluem mudanças no mamilo, pequenos nódulos na região abaixo dos braços ou no pescoço, saída espontânea de líquido de um dos mamilos ou se a pele da mama ficar avermelhada, retraída ou muito diferente do que era. Consulte um médico imediatamente caso algum desses sintomas apareça em você.

Instituto GRIS

O Instituto GRIS, tem como compromisso priorizar o bem-estar e a saúde feminina. Sediado em Curitiba, é pioneiro como o primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, agregando as mais avançadas tecnologias para o cuidado da saúde íntima feminina. Seu enfoque abrangente e especializado combina inovação e dedicação, ajudando as mulheres a assumirem o protagonismo em suas jornadas de saúde.

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