Medicina
Esclerodermia: saiba o que é, quais os sintomas e tratamentos
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A doença autoimune que atinge a pele e pode afetar órgãos internos é quatro vezes mais comum em mulheres
Durante a vida, conhecemos milhões de pessoas em locais como trabalho, escola, faculdade, academia, entre outros. É provável que, em algum momento, você tenha conhecido alguém que tenha enfrentado o endurecimento da pele, uma condição chamada Esclerodermia.
A Esclerodermia é uma doença crônica e autoimune que afeta a pele e, por vezes, pode comprometer os órgãos internos com sua inflamação. As regiões afetadas, como mãos e pés, tornam-se endurecidas devido ao acúmulo anormal de colágeno no corpo, podendo mudar de cor: ficam pálidas ou azuladas no frio e avermelhadas no calor. Esta condição é quatro vezes mais comum em mulheres após os 40 anos.
“Alguns dos sintomas da Esclerodermia variam. Entre os mais comuns estão inchaço, desconforto ou dor nos músculos e articulações, manchas e espessamento na pele. Além desses sintomas, pele seca, coceira constante na região afetada, rigidez da pele, fadiga, dor no peito, falta de ar e tosse também são observados, diz a médica reumatologista Cláudia Goldenstein Schainberg.”
Sua causa ainda não foi completamente definida. No entanto, é possível afirmar que fatores genéticos e ambientais podem desencadear uma resposta do sistema imunológico, levando-o a atacar erroneamente os próprios tecidos do corpo.
“A esclerodermia pode ser associada a outras doenças autoimunes, como lúpus e polimiosite. “Fatores como histórico familiar de esclerodermia, radioterapia e dermatomiosite podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença”, reforça Schainberg.
O diagnóstico envolve uma avaliação clínica, testes laboratoriais, biópsias e, se necessário, testes de respiração e exames de imagem. Ainda não foi descoberta uma cura para a Esclerodermia, mas é possível tentar controlá-la por meio de tratamentos, sendo eles medicamentosos ou terapêuticos para aliviar o endurecimento da pele (fibrose) e evitar a progressão da condição,
O cuidado precoce e adequado pode melhorar a qualidade de vida do paciente e reduzir o risco de complicações a longo prazo. O tratamento deve ser realizado somente após a indicação de um reumatologista.
Sobre a Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg
Com uma ampla experiência na área da saúde, Dra. Cláudia é graduada em Medicina pela Universidade Federal da Bahia e possui mestrado e doutorado pela Faculdade de Medicina da USP. Fez também especialização em Reumatologia no Canadá e Estados Unidos.
A Dra. Cláudia ainda declara a importância sobre assuntos sociais relacionados à saúde, bem-estar, qualidade de vida, autocuidado e humanismo. Atualmente exerce atividades de ensino, assistência e pesquisa no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, onde chefia o Laboratório de Imunologia Celular do LIM-17 e o Ambulatório de Artrites da Infância.
Também faz parte do corpo clínico dos hospitais Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês e Alemão Oswaldo Cruz. Já no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, atua nos Ambulatórios de Osteoartrite, Gota e Espondiloartrites.