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Uso de biomassa, preço do milho e acesso ao gás natural são pontos positivos para investimento chinês em Mato Grosso


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A delegação de chineses da empresa Ningxia Eppen avaliaram que Mato Grosso reúne todos os predicativos para receber investimento aproximado de 600 milhões de dólares na fábrica de aminoácidos com base no milho. A avaliação foi feita após a comitiva passar três dias em Mato Grosso, passando por Cuiabá, Nova Mutum e Cáceres, onde visitaram a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na sexta-feira (20.10).

Em Mato Grosso, os chineses se reuniram com o vice-governador Otaviano Pivetta, com os prefeitos de Nova Mutum e de Cáceres, e com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Uma das coisas que mais chamou atenção dos investidores foi o uso de biomassa nas indústrias, que é a principal fonte de energia limpa para fazer as caldeiras das fábricas funcionarem, geralmente oriunda de matéria orgânica vegetal, como o cavaco de madeira, resíduos das serrarias, eucalipto, palha de arroz, capim, bagaço de cana, dentre outros. Diferente da China, que utiliza o carvão, que é combustível fóssil, para gerar energia nas indústrias. Contudo, a legislação chinesa não permite usar produtos como o cavaco de madeira, como biomassa para energia térmica.

Além disso, os preços competitivos da saca de milho em Nova Mutum, onde eles estiveram na quinta-feira (19.10) também foi ponto positivo.

Os empresários comentam que Mato Grosso tem 80% das chances de sediar a próxima indústria da empresa.

“Mato Grosso é um bom lugar. Como pudemos perceber, aqui há muitos recursos. Acredito que no futuro aqui terá muito potencial, se estivermos produzindo produtos aqui, poderemos exportar para a China e importar de lá”, comentou o gerente do Departamento de Tecnologia da Ningxia Eppen, Bai Pengya.

De acordo com a superintendente de Agronegócios da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Linacis Silva, que acompanhou a comitiva chinesa na visita à ZPE, eles perceberam que o local facilitará muito a exportação e o acesso mais facilitado ao gás natural, pela proximidade com a Bolívia também chama atenção.

“O uso da biomassa possibilita eles aumentarem a produção, já que conseguirão produzir outros produtos necessários para produção dos aminoácidos, não necessitando de importar. Por ser também o maior produtor de milho do país, o estado pode ter a preferência”, explicou.

Contudo, o aval que vai definir se a fábrica de aminoácidos poderá ser instalada em Mato Grosso ou não também depende do Governo chinês. O projeto tem perspectiva de produção anual de vários aminoácidos de cerca de 350 mil toneladas, subprodutos de cerca de 200 mil toneladas, gerando cerca de mil empregos no Estado.

Em reunião na quarta-feira no Palácio Paiaguás, o secretário César Miranda destacou que Mato Grosso é o maior produtor de milho do país e do etanol de milho, isso despertou o interesse dos executivos da Ningxia Eppen em visitar o Estado e conhecer melhores locais para instalação da indústria, que tenha proximidade com produção de milho.

 

 

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