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Greve do transporte coletivo chega ao 3° dia e parte da frota de ônibus volta a circular, em RO


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A greve dos motorista chegou ao terceiro dia e parte da frota de ônibus voltou a circular nesta sexta-feira (10) em Porto Velho. O impasse entre os trabalhadores e o Sistema Integrado Municipal (SIM) começou na quarta-feira (8), após problemas de negociações salariais. O manifesto grevista segue parcial.

Segundo a assessoria do SIM, cerca de 42 ônibus estavam em circulação nas primeiras horas desta sexta. Buscando resolver o impasse entre os trabalhadores e o Consórcio, a Justiça do Trabalho marcou uma audiência para debater com os representantes a respeito da greve, que se tornou ilegal devido ao comprometimento de toda a frota.

De acordo com o SIM, nos dois últimos dias foi feito um chamamento para que os trabalhadores grevistas voltassem aos postos de trabalho, porém só uma parte compareceu nesta sexta-feira na garagem da empresa.

Francinei Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sitetuperon), negou a informação repassada pelo SIM e informou que os grevistas respeitaram a ordem da liminar espedida pelo Tribunal Regional do Trabalho, que estipulou que 90% da frota estivesse circulando nos horários de pico (entre às 6h e 8h, das 12 às 14h e das 17h às 20h). Porém ao se apresentarem na garagem da empresa, foram dispensados.

“Nós mantivemos o respeito da liminar. Os trabalhadores compareceram aos postos de trabalho, porém, para a nossa surpresa, a empresa [SIM] fez uma seleção com as pessoas que estavam lá. Escolheram as 42 equipes para circular hoje e os demais foram dispensados para voltar para casa”, explicou Francinei.

Segundo o presidente do Sitetuperon, o Sindicato espera que a situação seja resolvida durante a audiência, pois o SIM até o momento não teria realizado nenhum tipo de contato com os representantes dos grevistas.

“Se a empresa não tem condições de operar, pede para sair e põe outra que tenha, o que não pode é o trabalhador e a população sair prejudicada, por causa de uma má administração”, finalizou Francinei.

População

Enquanto a situação não é resolvida, os moradores que utilizam o transporte coletivo na capital buscam outras alternativas de transporte.

“Eu tenho um cartão do ônibus. Como não está dando para usar, estou vivendo basicamente de carona”, explicou a estudante Tamara Freitas, de 19 anos.

A ajudante de serviços gerais Maria Dolores, 43, ainda conseguiu utilizar o transporte coletivo na manhã desta sexta-feira e reforçou a posição contrária à greve.

“Hoje eu consegui pegar o Ulisses Guimarães, mas conheço um pessoal que nem foi trabalhar porque não tinha como pagar táxi, nem nada e não passava onibus. As coisas já estão tão difíceis, e ainda temos que gastar mais dinheiro com transporte? Não dá para apoiar, pois só quem se prejudica é a população”, finalizou ela.A

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