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Brasileiro morre de catapora no Chile; família faz vaquinha para trazer corpo ao Brasil


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Raphael Casanova, um personal trainer brasileiro de 38 anos, morreu no Chile após contrair catapora. Ele vinha enfrentando uma forma mais grave da doença desde dezembro do ano passado. 

A família recebeu a notícia do falecimento na terça-feira passada, 9, e iniciou uma campanha para arrecadar fundos a fim de custear o transporte do corpo de Antofagasta, onde ele residia, de volta ao Brasil.

Juliana Casanova, irmã de Raphael, disse que a família conseguiu arrecadar em torno de R$ 15 mil em apenas uma semana, de um total de R$ 25 mil necessários para o traslado. Ela ressaltou a urgência em iniciar o procedimento, uma vez que o prazo para o corpo permanecer no hospital se encerra na próxima semana.

“A gente achou que teria um mês para resolver isso, mas a gente só tem uma semana, até a próxima terça. Uma amiga do Raphael foi conversar com a assistente social e ela explicou que a unidade não tem um local adequado para manter o corpo por mais que duas semanas. Então a gente está correndo para iniciar o procedimento” afirmou ao O Globo.

Juliana contou que o personal trainer esteve com a família em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, durante o mês de agosto do ano passado. Em setembro, ele retornou ao Chile, onde residia há seis anos.

No entanto, em dezembro, a família começou a notar mudanças no comportamento de Raphael, que não mantinha o contato frequente e deixou de realizar chamadas de vídeo com a mãe.

“Ele contou que tinha contraído catapora, até mandou fotos das feridas. A gente ficou com medo de ser varíola dos macacos, porque parecia muito. Mas o médico diagnosticou como catapora mesmo e explicou que ele precisaria fazer um tratamento, que era uma catapora muito forte, que poderia deixar sequelas ou até levar à morte. Ele ficou fazendo o tratamento em casa, em isolamento. Aí as feridas secaram, ele passou a se sentir bem e não voltou ao hospital para refazer os exames”, lembrou Juliana.

Entretanto, Juliana revelou que um dos exames indicou a persistência do vírus da catapora no corpo de Raphael, afetando órgãos como o rim. Além disso, ele apresentou duas lesões cerebrais, conforme informado pela família.

De acordo com a irmã da vítima, a família tem a expectativa de iniciar o processo de repatriação do corpo ainda nesta semana.

 

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